Prefeitura de Imbé decreta estado de calamidade pública mesmo sem ter sido atingida por temporais


Outras cidades do Litoral Norte do RS estão em documento divulgado pelo governo, mas Imbé não aparece na lista até a manhã desta quinta-feira (9). Região tem sido procurada pela população para suprir problemas de desabastecimento de água e luz. Imagem aérea (de arquivo) do município de Imbé, no Litoral Norte do RS
Divulgação/Prefeitura de Imbé
A Prefeitura de Imbé, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, decretou estado de calamidade pública, mesmo sem o município ter sido atingido pelos temporais que deixaram ao menos 107 mortos e 136 pessoas desaparecidas. O documento foi publicado na quarta-feira (8).
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A Defesa Civil do RS informa que 425 dos 497 municípios gaúchos foram afetados pelo evento climático desde 29 de abril. Outras cidades do Litoral Norte constam na lista, mas Imbé não aparece no documento divulgado pelo governo até a manhã desta quinta-feira (9).
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“O decreto de calamidade pública serve para expressar quando o ente federado entende que algum tipo de serviço público essencial vai ficar comprometido em virtude do evento climático que aconteceu não aqui, mas no nosso estado”, alega a prefeitura.
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Carlos Macedo/AP
O Executivo municipal sustenta que há necessidade de acessar recursos para acolher moradores de outras áreas do estado que estão indo para a região. Além disso, prevê risco de compromentimento das finanças com o incremento de despesa.
“Por mais que aqui não tenha chovido, que nós não tenhamos aqui desabrigados, a gente acolhe um grande número de desabrigados, até por recomendação de governantes, porque aqui é um lugar seguro e que tem uma infraestrutura de saúde e atendimento de assistência social”, disse o prefeito Luís Henrique Vedovato.
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Conforme estimativa do prefeito, Imbé recebeu, nos últimos dias, cerca de 5 mil das mais de 232 mil pessoas desabrigadas após o evento climático. O número, segundo Vedovato, é baseado nos atendimentos que são feitos pelas equipes.
“Nossa cidade é a menor em extensão territorial do litoral e talvez a cidade que tenha atendido o maior número de desabrigados de maneira pulverizada”, avalia Vedovato.
O tráfego de veículos tem sido intenso em direção ao Litoral Norte. O destino tem sido procurado para suprir problemas — enfrentados principalmente pela população de Porto Alegre e Região Metropolitana — como o desabastecimento de água e luz.
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