Mpox: casos na Suécia, Paquistão e Argentina aumentam o nível de alerta global

O surgimento dos primeiros casos de mpox (anteriormente conhecida como varíola dos macacos) fora do continente africano está elevando o nível de alerta global entre autoridades de saúde e a comunidade científica. O primeiro caso de infecção pelo vírus fora da África foi relatado, na Suécia nesta quinta-feira (15).  O paciente sueco foi infectado com a nova variante, mpox clado 1, um tipo mais contagioso que fez disparar os casos da doença na República Democrática do Congo (RDC), e que se espalhou por países vizinhos como o Burundi, Quênia, Ruanda e Uganda.

O vírus também foi confirmado pelo Paquistão, em pelo menos um caso, em um paciente que havia retornado de um país do Golfo. A informação foi divulgada por um porta-voz do Ministério da Saúde nesta sexta-feira, embora ainda não soubesse a cepa do vírus. Também foi confirmado nesta sexta-feira pelo Ministério da Saúde do país o primeiro caso na Argentina, e que um segundo caso está sendo monitorado de um paciente que voltou de viagem da Espanha. A Bolívia também anunciou que analisa um caso suspeito de mpox.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) já emitiu comunicados destacando a necessidade de vigilância reforçada e resposta rápida. Nos últimos meses, o vírus, que até então era restrito principalmente a regiões da África Central e Ocidental, começou a se espalhar para outros continentes, despertando temores de uma possível nova emergência de saúde pública.

A mpox é uma zoonose viral que pode ser transmitida de animais para humanos e, em alguns casos, de pessoa para pessoa. Embora a taxa de mortalidade seja relativamente baixa, estimada em cerca de 1% a 10% dependendo da cepa e do contexto de saúde, a doença pode causar sintomas graves, como febre, erupções cutâneas, e lesões na pele.

Os países afetados estão implementando medidas de contenção, como rastreamento de contatos, quarentenas e, em alguns casos, campanhas de vacinação direcionadas. A OMS está coordenando esforços internacionais para garantir que os países possam responder adequadamente ao surto, destacando a importância da cooperação global.

Especialistas alertam que o surgimento da mpox fora da África pode ser um indicativo de que o vírus está se adaptando a novos ambientes e modos de transmissão, o que requer uma atenção redobrada das autoridades de saúde pública. A comunidade científica está trabalhando para entender melhor a dinâmica desse surto e desenvolver estratégias eficazes de contenção.

Entre janeiro de 2022 e junho de 2024, dez países concentram a maior parte dos casos confirmados globalmente: Estados Unidos (33.191), Brasil (11.212), Espanha (8.084), França (4.272), Colômbia (4.249), México (4.124), Reino Unido (3.952), Peru (3.875), Alemanha (3.857) e República Democrática do Congo (2.999).

Adicionar aos favoritos o Link permanente.