Boletim atualiza dados sobre leptospirose e hepatites em Porto Alegre

Dados sobre hepatites virais e leptospirose em Porto Alegre estão publicados no Boletim Epidemiológico 92 da Secretaria Municipal de Saúde. A publicação foi divulgada nesta segunda-feira (23).

Este ano, foram confirmados 139 casos de leptospirose na capital gaúcha. Este é o maior número de casos na cidade desde 2010. Em maio, a cidade foi acometida por um grande volume de chuva que desencadeou uma grande enchente por semanas em diversas regiões. Períodos com mais chuva apresentam mais casos. Quatro óbitos foram confirmados. Todos homens, com idade de 43, 50, 56 e 67 anos.

A doença é transmitida principalmente pela urina de ratos ou outros animais infectados. A bactéria entra no organismo por lesão de pele, por contato longo com a água de enchente ou enxurradas e pelas mucosas. A doença tem cura e o tratamento é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A pessoa que apresentar febre, dor de cabeça e dores no corpo (especialmente nas panturrilhas) alguns dias depois de ter tocado água suja, esgoto ou lama deve procurar imediatamente o serviço de saúde mais próximo. O diagnóstico e o tratamento precoces são fundamentais para o êxito da recuperação, bem como para evitar óbitos relacionados à doença. Os sintomas podem se manifestar em prazo de até 30 dias após a exposição às fontes de contágio.

Sobre hepatites, o boletim traz dados de infecção pelos vírus A, B e C entre 2019 e 2023. Foram confirmados 6.185 casos de hepatites na cidade. São 279 casos de hepatite A, 1.165 de hepatite B e 4.741 de hepatite C. Os números de Porto Alegre são altos quando comparados com as médias do Rio Grande do Sul e do Brasil.

O SUS oferece vacina para prevenir hepatite A e B. Para hepatite C não existe vacina disponível. A Secretaria Municipal de Saúde oferece teste rápido para diagnóstico de hepatite A, B e C em todas unidades de saúde da cidade.

 

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