Muita cerveja, danças típicas e bandinhas tradicionais: entenda a Oktoberfest, comemoração alemã popular no RS

Evento deste ano acontece junto ao bicentenário da imigração alemã no estado. Santa Cruz do Sul é a segunda maior festa germânica do Brasil e comemora a 39ª edição. Oktoberfest em Santa Cruz do Sul
Reprodução/ RBS TV
A Oktoberfest, uma das maiores celebrações da cultura germânica no mundo, encontrou no Rio Grande do Sul um espaço para unir tradição, cultura e turismo. Desta vez, os eventos acontecem no mesmo ano da comemoração do bicentenário da imigração alemã no estado gaúcho.
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“É uma festa que traz elementos culturais de imigrantes alemães”, resume a historiadora Isabel Cristina Arendt.
A Oktoberfest original nasceu em 1810, em Munique, na Alemanha, como parte das celebrações pelo casamento de um rei. A festividade, com o passar dos anos, foi ampliada, tornando-se o evento grandioso conhecido hoje, com bandinhas tradicionais, muita cerveja e comidas típicas.
Oktoberfest em Santa Cruz do Sul
Reprodução/ RBS TV
O Rio Grande do Sul é responsável pela segunda maior Oktoberfest do Brasil. Atrás apenas de Blumenau, em Santa Catarina, o município de Santa Cruz do Sul comemora a sua 39ª edição do evento em 2024.
“Rio Grande do Sul e Santa Catarina meio que andam juntos nesse sentido. A festa de Santa Cruz do Sul está fechando as quatro décadas, praticamente, assim como em Blumenau. E sempre tinha essa ilusão de que nossa festa fosse mais nova. É uma tradição já de alguns anos, e eles nasceram mais ou menos no mesmo tempo”, diz a historiadora.
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O bicentenário da imigração alemã no Brasil é um marco histórico que remonta a ida de milhares de alemães que buscavam uma nova vida em terras brasileiras. A vinda dos alemães no século 19 acontecia por meio de uma viagem de navio, que partia de portos europeus, em uma travessia com quase seis meses de duração.
O primeiro grupo de imigrantes alemães desembarcou no país em julho de 1824. No entanto, chegaram ao município de Santa Cruz do Sul apenas 25 anos depois.
Isabel ressalta que, no Brasil, a festa também foi reorganizada com o objetivo de promover o turismo e cultura locais, atraindo visitantes e fomentando a economia. Um aspecto que a pesquisadora aponta é a ressignificação cultural. As tradições, como as danças e as bandinhas típicas alemãs, precisam ser adaptadas ao espaço.
“É um momento cultural muito importante. Você ressignifica elementos que são memórias, são práticas sociais e culturais que os descendentes de alemães faziam. É toda uma ressignificação, eles vão recriando, reelaborando aqueles elementos culturais que eles têm e entendem também que vai fazer uma melhor festa”, explica a pesquisadora.
Esse ressignificado também reflete na gastronomia, com receitas como a cuca: “elas foram feitas conforme os ingredientes que tínhamos mais aqui no Brasil”, diz Isabel.
A cuca é um dos elementos tradicionais da Oktoberfest no Rio Grande do Sul
Reprodução/ RBS TV
Ao longo dos anos, a Oktoberfest também tem servido como um espaço para a valorização da memória e da identidade cultural dos descendentes de alemães.
A historiadora ressalta que, ao participar das danças e celebrações, os jovens muitas vezes se reconectam com suas origens, estimulados a aprender mais sobre a história da imigração e, até mesmo, sobre a língua alemã.
“Esses movimentos de ressignificação ajudam a preservar e a reviver aspectos culturais importantes, mesmo que com adaptações”, comenta.
Começa a Oktoberfest de Santa Cruz do Sul
Serviço
Oktoberfest de Santa Cruz do Sul
Oktoberfest de Santa Cruz do Sul
Divulgação
Quando: de 10 a 13, de 17 a 20 e de 24 a 27 de outubro
Onde: Rua Galvão Costa, 755 – Centro, Santa Cruz do Sul
Ingressos e outras informações, acesse o site www.oktoberfestsantacruz.com.br
Oktoberfest de Igrejinha
Oktoberfest de Igrejinha
Reprodução/ Redes Sociais
Quando: de 10 a 13, de 15 a 20 de outubro
Onde: Rua Arlindo Geis, 255 – Centro, Igrejinha
Ingressos e outras informações, acesse o site www.oktoberfest.org.br
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