Veja o que é #FATO ou #FAKE nas entrevistas de Sebastião Melo e Maria do Rosário para o Jornal do Almoço


Candidatos do MDB e do PT disputam o segundo turno das eleições para a Prefeitura de Porto Alegre. Melo esteve no JA na segunda-feira (14), enquanto Rosário foi entrevistada na terça (14). Sebastião Melo (MDB) e Maria do Rosário (PT) no Jornal do Almoço
Reprodução/RBS TV
Os dois candidatos à Prefeitura de Porto Alegre que foram ao segundo turno das eleições foram entrevistados pelo Jornal do Almoço, da RBS TV, na segunda (14) e terça-feira (15).
Os jornalistas Cristina Ranzolin, Marco Matos e Rodrigo Lopes conduziram as sabatinas com Sebastião Melo (MDB) e Maria do Rosário (PT).
A equipe do Fato ou Fake checou algumas das principais declarações. Leia:
Sebastião Melo (MDB)
“Porto Alegre tem 3.200 km de ruas.”
selo fato
g1
A declaração é #FATO. Veja por quê: O g1 apurou, através de uma ferramenta de mapeamento, que Porto Alegre tem 3.432,75 km de vias, entre ruas, avenidas e estradas. O número é semelhante ao indicado pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Smurb), que aponta 3.400 km de vias.
“Do alagamento, são 1 mil km de redes que foram entupidos e nós já estamos com mais de 55% desentupidas.”
selo não é bem assim
arte
#NÃOÉBEMASSIM. Veja por quê: Segundo o Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE), 500 km de tubulações foram afetados pela enchente, metade do indicado pelo candidato. Já sobre as tubulações desentupidas, o DMAE aponta que 290 km (58% do total) foram restabelecidos até 14 de outubro de 2024, número que se aproxima ao indicado por Melo.
“Nós temos uma política pública que cuida, olha. Quem é que fez a Casa Betânia? Quem é que fez a Rede Lilás? Fomos nós. Então tem atendimento, sim, a mulher.”
selo fato
g1
A declaração é #FATO. Veja por quê: A Casa Betânia funciona desde 2022, conforme noticiou o g1, e é um espaço de acolhimento para mulheres vítimas de violência disponível 24 horas por dia, sete dias por semana. Já a Sala Lilás opera desde setembro de 2023 no Hospital Restinga Extremo-Sul e atende mulheres, crianças, idosos e a comunidade LGBTQIAPN+ vítimas de violência de forma humanizada e sem constrangimentos.
Maria do Rosário (PT)
“Também essa lei, que eu me orgulho muito, e outras, que aumenta a pena no caso do policial ou agente de fiscalização, vale para o guarda municipal também, se tornar alvo da ação criminosa.”
selo fato
g1
A declaração é #FATO. Veja por quê: Como deputada federal, Maria do Rosário foi autora do projeto de lei (PL) 7.478/2014, que previa o aumento da pena para crimes cometidos contra servidores públicos no exercício da função. O projeto foi anexado ao PL 3.131/2008, de mesmo teor, que foi anexado ao PL 846/2015. Os projetos originaram a Lei 13.142, que transforma o homicídio, a lesão corporal gravíssima e a lesão corporal seguida de morte contra autoridades e agentes de segurança em crime hediondo.
“O PT, quando governo, fez muita coisa, vou dizer para vocês aqui, para começo de conversa, todos os condutos forçados, Álvaro Chaves.”
Não é bem assim
g1
#NÃOÉBEMASSIM. Veja por quê: As obras do conduto forçado Álvaro Chaves, realizadas para drenar a água da chuva em nove bairros da cidade, foram orçadas e obtiveram financiamento em 2004, último ano da gestão do PT em Porto Alegre. Contudo, a construção do conduto ocorreu entre 2005 e 2008, já no governo José Fogaça (PPS/PMDB).
O g1 não localizou dados sobre as construções de outros condutos forçados, parte do sistema anticheias concebido e parcialmente implantado nas décadas de 1960 e 1970 pelo extinto Departamento Nacional de Obras e Saneamento (DNOS).
“[Marchezan e Melo] diminuíram o número de funcionários e perderam R$ 124 milhões que o governo da presidenta Dilma tinha colocado.”
selo fato
g1
A declaração é #FATO. Veja por quê: Ao ser questionada sobre o DMAE, Maria do Rosário citou a diminuição do número de servidores do órgão nos governos de Nelson Marchezan Júnior (PSDB), entre 2017 e 2020, e Sebastião Melo (MDB), desde 2021.
Quando Marchezan assumiu, o DMAE tinha 1.743 servidores ativos. Já no final do mandato do prefeito, em dezembro de 2020, eram 1.317 servidores. Quando Melo assumiu, em janeiro de 2021, o departamento tinha 1.316 profissionais em atividade. O dado mais recente, de agosto de 2024, aponta que são 1.051 servidores.
Em relação à perda de recursos, o g1 noticiou em janeiro de 2019, ainda no governo Marchezan, que a Prefeitura de Porto Alegre havia perdido R$ 121,9 milhões que estavam garantidos pelo governo federal e seriam usados em obras de drenagem do município. Os contratos foram assinados em 2012, ainda no governo de Dilma Rousseff, e foram rompidos porque a prefeitura perdeu o prazo de entrega dos projetos.
Na época, a prefeitura disse ao g1 que as empresas não cumpriram o prazo para entrega dos projetos e que uma sindicância havia sido aberta para apurar o caso. A sindicância, concluída em julho de 2019, apontou que, entre os fatores que contribuíram para a perda de recursos, estavam “a complexidade dos processos, vários projetos de obras em desenvolvimento no mesmo período, lentidão na tramitação e resultados ineficientes ao longo da tramitação do projeto”.
Fato ou Fake explica:
o
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