Homem que matou réu por racismo tem prisão revogada em Porto Alegre, diz delegado


Polícia pediu revogação da prisão de homem, que acertou vítima com golpes de canivete durante uma briga. Investigação apontou legítima defesa. Justiça autorizou soltura. Estudante de Novo Hamburgo, Aristides Braga exibe banana em live transmitida na internet
Reprodução
O homem preso preventivamente pela morte de Aristides Mathias Flach Braga, réu por racismo, durante uma briga em Porto Alegre, foi solto nesta sexta-feira (18), por decisão judicial a pedido da Polícia Civil.
Segundo o delegado do caso, Eric Dutra, o investigado agiu por legítima defesa, após ser atacado pela vítima e por um outro homem, que está internado em estado gravíssimo.
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Por se tratar de legítima defesa, o homem não será indiciado, explica a Polícia Civil.
Segundo o Tribunal de Justiça, a polícia apresentou vídeos que mostram o momento do ocorrido no pedido de revogação da prisão preventiva do investigado. O Ministério Público se manifestou a favor. O juiz Francisco Luis Morsch, do 2º Juizado da 1ª Vara do Júri, entendeu que não havia mais motivos para manter a prisão preventiva e expediu alvará de soltura na quinta (17).
O caso aconteceu na madrugada de segunda-feira (14), no bairro Cidade Baixa. Segundo a Polícia Civil, o homem foi atacado pela vítima, Aristides Braga, e um amigo, a golpes de porrete com pregos. A investigação revelou que o homem já havia sido ameaçado por ambos anteriormente.
Ao reagir à agressão, o homem acertou Aristides e o amigo com golpes de canivete. Aristides morreu no local e o amigo permanece em estado gravíssimo no Hospital de Pronto Socorro, em Porto Alegre.
Aristides Braga era réu por racismo e também suspeito de integrar um grupo neonazista. A Polícia segue investigando outros indícios sobre o grupo que surgiram com a morte.
Segundo o Tribunal de Justiça, uma audiência no processo que Aristides respondia seria realizada na próxima segunda-feira (21).
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Em 2022, Aristides se tornou réu por comparar pessoas negras a macacos. O homem também era suspeito de integrar um grupo neonazista e investigado por ameaças de teor racista contra o ator Douglas Silva, ex-participante do BBB (veja vídeo ao fim da reportagem).
Na ocasião, a defesa de Aristides afirmou que ele não havia praticado nenhum ato ilícito. Os advogados sustentavam que equipamentos pessoais e contas nas redes sociais do homem haviam sido hackeados.
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