Corpos de grávida e bebê mortos no RS são velados em cerimônia restrita a amigos e familiares


Suspeita teria matado gestante, retirado bebê da barriga e simulado ter dado à luz para ficar com a criança em Porto Alegre, segundo Polícia Civil. Justiça manteve prisão da mulher após audiência de custódia. Janaína Ferreira Melo, mulher grávida morta em Porto Alegre
Arquivo pessoal
Os corpos da gestante Paula Janaína Ferreira Melo, de 25 anos, e do bebê que ela gerava foram sepultados na manhã desta quinta-feira (17) no Cemitério São Miguel e Almas, em Porto Alegre. Uma mulher de 42 anos é suspeita de matar os dois e simular ter dado à luz para ficar com a criança. A investigada, Joseane de Oliveira Jardim, está presa preventivamente desde quarta (16).
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A cerimônia foi restrita a amigos e familiares. Em conversa com a RBS TV, Juan Jackson Nunes Rodrigues lamentou a perda da irmã.
“Ninguém tá preparado para um ente querido partir. Se ela tivesse doente, a gente ia assimilar com facilidade. Mas pelo jeito que foi, assim, foi muito cruel”, disse.
O corpo de Paula tinha ferimentos na cabeça e um corte profundo na região abdominal. Uma faca foi apreendida no local. A polícia apura a possibilidade de participação de outras pessoas no crime.
Na audiência de custódia, Joseane foi acompanhada pela Defensoria Pública do RS. “A partir de agora, caso ela não constitua advogado particular, a Defensoria seguirá atuando na defesa da mulher, conforme previsto na Constituição”, informa o órgão.
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A complexidade da cena do crime que foi encontrada, a forma como a vítima estava disposta, embaixo da cama, envolta em plásticos e em um cobertor, essa cena nos chamou muito a atenção”, afirmou o delegado Thiago Carrijo.
A polícia apura se a suspeita aliciou outras mulheres. Equipes de investigação estão realizando uma varredura nas redes sociais.
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Entenda o caso
Segundo a Polícia Civil, Paula foi morta na segunda-feira (14), atraída até a casa da suspeita com a promessa de que ganharia presentes para o bebê. O caso aconteceu em Porto Alegre e a suspeita está presa. Ela não teve o nome divulgado.
A mãe da vítima, Gladis Beatriz Ferreira, de 63 anos, conta que a suspeita deu presentes e prometeu que pagaria uma ecografia para Paula.
No apartamento, Paula teria sido agredida na região da cabeça. Após o assassinato, a suspeita teria retirado o bebê da barriga e simulado um parto. O corpo da mãe da criança foi encontrado escondido debaixo de uma cama em um dos quartos do imóvel.
“Ela tinha histórico de tentar engravidar e não conseguir. Teria perdido uma criança tempos atrás”, disse a delegada Graziela Zanelli.
O caso começou a ser investigado entre segunda (14) e terça-feira (15), depois que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) levou a suspeita, junto do bebê morto, até o Hospital Conceição. Exames apontaram que ela não podia ser a mãe e a polícia foi chamada em seguida.
“Ela preparou para a criança nascer no mesmo dia do aniversário dela, 14 de outubro. A princípio, inventou para toda a família e amigos que estava grávida”, relatou a delegada.
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