PM baleado durante cerco contra atirador em Novo Hamburgo recebe alta hospitalar; 5 pessoas morreram


João Paulo Farias Oliveira ficou hospitalizado por quase 20 dias após ataque a tiros terminou com cinco mortos e oito feridos. Soldado João Paulo Farias recebe alta hospitalar após ser baleado durante cerco contra atirador em Novo Hamburgo
Soldado Jennifer Silva/Divulgação
O policial militar (PM) João Paulo Farias Oliveira, de 26 anos, baleado por um atirador durante um cerco em Novo Hamburgo que terminou com cinco mortos e oito feridos, recebeu alta na manhã deste sábado (9) após ficar hospitalizado por 18 dias.
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Em nota, a Brigada Militar (BM) disse que o soldado estava “deixando o Hospital da Brigada Militar (HBM) e indo para casa com seus familiares”.
“Foi um momento de muita emoção. O soldado Farias foi recepcionado por seus colegas após 18 dias hospitalizado. Agradecemos ao HBM pelo acolhimento, desejando ao soldado Farias uma completa recuperação após o trágico episódio que demonstrou o comprometimento destes heróis com a comunidade”, disse.
Oliveira foi levado a um hospital após ser baleado uma vez durante o cerco que se estendeu por cerca de nove horas entre os dias 22 e 23 de outubro. Ele estava em estado grave e ficou hospitalizado em Novo Hamburgo até que, melhor de saúde, foi transferido para o HBM.
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Dois feridos seguem hospitalizados: a mãe e a cunhada do atirador. Cleris Crippa, de 70 anos, foi baleada três vezes e está internada no Hospital de São Leopoldo. Não foram divulgadas informações do seu estado atual de saúde – ela havia sido encaminhada ao local em estado grave. Já Priscila Martins, de 41 anos, foi baleada uma vez, recebeu atendimento no Hospital de São Leopoldo, mas foi transferida para uma unidade de internação clínica da Unimed de Novo Hamburgo.
Quem são os mortos
Edson Fernando Crippa, 45 anos, atirador
Eugênio Crippa, de 74 anos, pai do atirador
Everton Crippa, 49 anos, irmão do atirador
Everton Kirsch Júnior, de 31 anos, policial militar
Rodrigo Weber Volz, de 31 anos, policial militar
O crime
O crime aconteceu em uma casa na Rua Adolfo Jaeger, no bairro Ouro Branco. Conforme a polícia, o Edson Fernando Crippa, o atirador, estaria mantendo os pais em cárcere privado. O próprio pai teria ligado para a polícia denunciando maus-tratos. Logo que viu os policiais, na parte da frente do imóvel, ele teria atirado contra eles.
Uma pessoa que estava fora da casa e não era policial nem familiar também foi atingida. Era o guarda municipal Volmir de Souza.
De acordo com o tenente-coronel Alexandro Famoso, comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar (3º BPM) de Novo Hamburgo, houve tentativas de negociação com Edson, incluindo contato telefônico, mas ele só respondia atirando com armas de fogo. Ele atirou “de forma inesperada […] em todas as pessoas que se encontravam naquele local, na frente da residência”, disse.
Edson foi morto pela polícia após o cerco ao imóvel, que se estendeu por nove horas. Vídeos divulgados pela polícia mostram a ação dos policias durante o cerco e o interior da casa do atirador. Cinco pessoas morreram, incluindo ele, e oito ficaram feridas.
A BM encontrou quatro armas e “farta munição” dentro do imóvel. O criminoso tinha registro de colecionador, atirador desportivo e caçador (CAC) apesar de histórico de doença mental. O Ministério Público Federal (MPF) investiga a concessão de porte a Crippa.
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