Golpe do motel: suspeitos que se passavam por detetives para extorquir frequentadores no RS são presos, diz polícia


Eles atuariam em motéis de luxo na Região Metropolitana e na Serra, tirando fotos de pessoas para depois ameaçá-las em troca de dinheiro. Duas pessoas foram presas. Homem preso por suspeita de aplicar o golpe do motel no RS
Polícia Civil/Divulgação
A Polícia Civil prendeu duas pessoas suspeitas de aplicar o “golpe do motel” na Região Metropolitana e na Serra do Rio Grande do Sul. As buscas ocorreram em São Leopoldo e Novo Hamburgo nesta segunda-feira (11). Uma terceira pessoa é considerada foragida, de acordo com a polícia.
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Segundo a delegada Luciane Bertoletti, os suspeitos tiravam fotos de frequentadores de motéis e se passavam por detetives particulares, para exigir dinheiro das vítimas do golpe. Os crimes investigados são os de extorsão e associação criminosa.
“Eles iam próximos a motéis das cidades, motéis de alto luxo. A partir de algumas informações de saída e entrada de veículos, eles gravavam vídeos, tiravam fotografias, faziam verdadeiros dossiês dos clientes e depois entravam em contato com essa pessoa, com essa vítima. A partir dali, extorquiam, muitas vezes dizendo que eram detetives particulares que tinham sido contratados pelos companheiros das vítimas”, conta.
Ao menos 20 pessoas teriam sido extorquidas pelos investigados. Uma das vítimas do golpe procurou a polícia em fevereiro, dizendo ter sido ameaçada por criminosos que teriam informações sobre um possível caso extraconjugal com uma garota de programa. Os suspeitos encaminharam fotos e vídeos da pessoa saindo acompanhada de um motel na Região Metropolitana.
De acordo com a polícia, os suspeitos teriam exigido R$ 8 mil para não divulgar o conteúdo e não expor a pessoa a familiares e ao cônjuge.
“Muitas dessas pessoas então depositaram quantias expressivas de dinheiro. A maioria, a grande maioria não registrou ocorrência, logicamente pelo medo da exposição”, diz.
Uma troca de mensagens obtida pela polícia mostra como os criminosos agiam. O suspeito dizia ser contratado por uma pessoa que não podia ser revelada. Logo em seguida, fazia a proposta para apagar os registros de foto e vídeo da vítima do golpe.
“Entrei em contato com você primeiro ‘pra’ ver se quer fazer um acordo e apago tudo aqui.”
Mensagem com ameaça a pessoa vista em motel no RS
Polícia Civil/Divulgação
A delegada Luciane Bertoletti destacou que “não se trata de discutir questões que envolvem moralidade”.
“A gente, enquanto policial, enquanto órgão de segurança, sempre pede para que as pessoas não deixem que isso aconteça. Se estiverem sofrendo qualquer tipo de ameaça, de constrangimento, procure a delegacia de polícia e registre uma ocorrência, porque, a partir dali, a gente consegue então alguma medida para impedir que isso se prolongue”, explica.
A Polícia Civil orienta que eventuais vítimas não efetuem o pagamento exigido pelos criminosos.
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