Inflação argentina recua para 2,7% em outubro, mas acumula de 193% em 12 meses

A inflação na Argentina ficou em 2,7% em outubro, apontou o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), divulgado na terça-feira (12) pelo Indec (Instituto Nacional de Estatísticas e Censos) do país. Esse é o resultado mensal mais baixo desde novembro de 2021.

Em relação a setembro, quando o índice ficou em 3,5%, a diferença é de 0,8 ponto percentual, o que mostra uma nova desaceleração na taxa. No entanto, em 12 meses, o aumento dos preços acumula alta de 193%. O acumulado é menor do que o verificado em setembro, quando era de 209%.  Já no período de janeiro a outubro, a taxa chegou a 107%.

O setor com maior alta de preços em outubro foi o de Habitação, Água, Eletricidade, Gás e Outros Combustíveis (5,4%). Na sequência, ficaram Roupas e Calçados (4,4%), Restaurantes e Hotéis (4,3%) e Saúde (3,6%).

A Argentina passa por um grande ajuste econômico sob o comando do presidente ultraliberal Javier Milei. O país já vinha enfrentando uma forte recessão econômica, e Milei promoveu um amplo corte de gastos públicos.

Após tomar posse, em dezembro de 2023, Milei decidiu paralisar obras federais e interromper o repasse de dinheiro para os Estados. Foram retirados subsídios às tarifas de água, gás, luz, transporte público e serviços essenciais.

Quando os incentivos foram retirados, houve um aumento expressivo nos preços ao consumidor. Mas, logo no primeiro trimestre deste ano, o presidente conseguiu o primeiro superávit [arrecadação maior do que gastos] desde 2008. O objetivo de Milei é alcançar o “déficit zero” no fim de 2024.

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