Impasse em Gravataí: Santuário de Lúcifer segue sem alvará após meses de espera

Os fundadores da Nova Ordem de Lúcifer na Terra (N.O.L.T.), em Gravataí (RS), denunciam atrasos e suposta perseguição religiosa na emissão do alvará para inauguração oficial de seu santuário. Segundo a organização, a documentação exigida pela Prefeitura foi entregue há mais de três meses, muito além do prazo de 30 dias estabelecido pela Lei Municipal nº 4.104/2019, que regula alvarás para casas religiosas. O templo, localizado em área rural, é destinado exclusivamente a cultos fechados para adeptos.

Mestre Lukas de Bará da Rua, cofundador da N.O.L.T. e dono de um templo de quimbanda na cidade, argumenta que outros alvarás solicitados pela organização foram liberados sem dificuldades. Ele aponta que a negativa de autorização ao templo luciferiano reflete preconceito e desrespeito ao direito constitucional de livre exercício religioso. “A Prefeitura não pode determinar quais rituais ou imagens são permitidos dentro do meu templo. Isso seria incoerente com os mais de 500 alvarás já emitidos na cidade para locais que também cultuam divindades semelhantes”, afirma.

A Prefeitura de Gravataí teria justificado a negativa alegando que o alvará foi solicitado sob uma lei específica para religiões de matriz africana, afirmando que o culto a Satanás não se enquadra na legislação. Os fundadores da N.O.L.T. contestam, destacando que a lei não faz essa distinção e que, além disso, a ordem também cultua a quimbanda, prática presente em outras casas da região. Enquanto o impasse persiste, os líderes do templo prometem continuar lutando pelo reconhecimento legal de sua prática religiosa.

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