Trump escolhe banqueiro bilionário de Wall Street como novo secretário do Comércio

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nessa terça-feira, dia 19, a escolha de Howard Lutnick, bilionário e CEO da Cantor Fitzgerald, como futuro secretário de Comércio. O banqueiro, que desde o mês de agosto atua como copresidente da equipe de transição de Trump, era também cotado para a Secretaria do Tesouro, mas acabou assumindo o cargo de maior responsabilidade na área comercial do governo, que começa em janeiro.

“Ele liderará nossa agenda de Tarifas e Comércio, com responsabilidade direta adicional pelo Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos”, disse Trump em um comunicado.

A escolha de Lutnick superou outros nomes fortes, como Robert Lighthizer, que foi o principal representante comercial dos Estados Unidos no primeiro mandato de Trump, e Linda McMahon, ex-administradora da Small Small Business Administration. A decisão pegou muitos de surpresa, já que McMahon era considerada a principal candidata, e na semana anterior Lighthizer parecia mais próximo de ser indicado. No entanto, Donald Trump optou por Lutnick, que tem sido um aliado confiável desde a transição.

Com mais de três décadas de experiência em Wall Street, Lutnick é um dos executivos mais respeitados do setor financeiro. Ele começou sua carreira na Cantor Fitzgerald em 1983 e, após o atentado de 11 de setembro de 2001, que vitimou centenas de seus funcionários, incluindo seu irmão, criou um fundo de auxílio para as famílias afetadas. Além de seu trabalho na empresa, ele é membro ativo do conselho do Memorial e Museu Nacional do 11 de Setembro.

Lutnick sucederá Gina Raimondo, atual secretária de Comércio, que buscou mitigar os danos da política protecionista do primeiro mandato de Trump, estreitando relações comerciais com outros países, incluindo o Brasil. A nova liderança, no entanto, sinaliza que as tensões comerciais, especialmente com a China, poderão ser intensificadas.

Durante a campanha, Trump prometeu tarifas de 10% a 20% para a maioria dos produtos importados, e até 60% para mercadorias chinesas, com o objetivo de beneficiar a indústria americana. No entanto, economistas alertam que essas medidas podem elevar a inflação e prejudicar a economia.

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