Após 14 anos, réus por morte de médico Marco Antônio Becker são absolvidos em Porto Alegre


Médico e ex-vice presidente do Cremers, Marco Antônio Becker foi assassinado em 2008. Segundo acusação, crime foi motivado por vingança. Becker foi morto a tiros por dois homens em uma moto, em dezembro de 2008 em Porto Alegre
RBS TV/Reprodução
Os réus pela morte de Marco Antônio Becker, médico assassinado em Porto Alegre em 2008, foram absolvidos pelo júri na Justiça Federal, neste sábado (1º), após cinco dias de julgamento.
Médico oftalmologista e então vice-presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremers), Becker foi assassinado em 2008, no bairro Floresta.
Responderam pelo crime o ex-médico Bayard Olle Fischer Santos (acusado de ser o mandante do assassinato), o traficante Juraci Oliveira da Silva (que teria agenciado o crime), o ex-assistente de Bayard, Moisés Gugel, (que teria intermediado negociações para o assassinato) e Michael Noroaldo Garcia (que seria o piloto da motocicleta utilizada no crime).
O homem que seria o autor dos disparos não foi julgado, por falta de provas.
Eles responderam em liberdade pelo crime de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, situação que impossibilitou a defesa da vítima e exposição a perigo comum).
O g1 entrou em contato com o Ministério Público Federal, responsável pela acusação. Até a última atualização desta reportagem, o órgão ainda não havia se manifestado.
O júri começou na última terça-feira (27) Ao longo da semana foram ouvidos os depoimentos de 14 testemunhas. Na sexta, os quatro réus prestaram depoimento. Neste sábado, aconteceram os debates entre a acusação e defesa.
Becker foi baleado por dois homens em uma motocicleta. A motivação do assassinato seria vingança, de acordo com a investigação policial, motivada pela suposta influência de Becker no Conselho Federal de Medicina, que cassou o registro profissional de Bayard por suposto erro médico.
Relembre o caso
De acordo com a denúncia do MP à Justiça, Becker foi atacado por dois homens em uma motocicleta no dia 4 de dezembro de 2008. O vice-presidente do Cremers foi baleado enquanto estava dentro do seu carro, na Rua Ramiro Barcelos, bairro Floresta, na Capital.
Ao todo, oito pessoas foram denunciadas pelo envolvimento no crime. No entanto, a Justiça concluiu que não haveria indícios de autoria ou materialidade suficientes para quatro dos denunciados pelo Ministério Público Federal.
O processo tramitou, inicialmente, na Justiça estadual. Mas o Superior Tribunal de Justiça (STJ) transferiu a competência para a esfera federal, com base na alegação de que o homicídio teria sido motivado pela atuação da vítima junto ao Cremers e a sua suposta influência no Conselho Federal de Medicina.
Crime aconteceu na Rua Ramiro Barcelos, bairro Floresta, na Capital.
Reprodução/RBS TV
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