Oficial militar russo morre após explosão em Moscou

Na madrugada desta terça-feira (17) a Ucrânia assumiu oficialmente a responsabilidade pela morte do Tenente-General russo Igor Kirillov e de seu assistente, após uma explosão ocorrida em Moscou. Kirillov era chefe das tropas de defesa radiológica, química e biológica da Rússia, cargo que ocupava desde abril de 2017.

De acordo com o Comitê de Investigação da Rússia, o ataque foi realizado por meio de um artefato explosivo, colocado em um patinete estacionado próximo à entrada de um edifício residencial na Avenida Riazanski, em Moscou. O explosivo foi acionado na madrugada do dia 17, resultando na morte de Kirillov e seu assessor, além de causar grandes danos estruturais ao prédio.

Foi aberta uma investigação criminal pelo assassinato de dois militares em Moscou”, declarou o Comitê, que também informou que uma equipe de investigadores está no local realizando análises para determinar todas as circunstâncias do incidente. Conforme as imagens divulgadas por veículos de comunicação russos, a explosão danificou gravemente a entrada do edifício e quebrou as janelas de vários apartamentos.

Agência de inteligência ucraniana confirma ação

A agência de inteligência ucraniana, conhecida como SBU, confirmou à Reuters a responsabilidade pelo ataque. Segundo uma fonte da agência, a operação foi planejada e executada para atingir Kirillov, destacando a relevância do militar dentro das estratégias russas. “A liquidação do chefe das tropas de proteção química e radiológica da Federação Russa é obra do SBU”, afirmou a fonte, acrescentando que o explosivo foi colocado em uma scooter e detonado no momento em que Kirillov e seu assessor acessaram a entrada do prédio localizado na Ryazansky Prospekt, em Moscou.

Repercussões do ataque

A morte de Igor Kirillov ocorre em um momento delicado para a Rússia, em meio à continuidade do conflito com a Ucrânia. O militar havia sido sancionado pelo Reino Unido em outubro deste ano devido ao seu envolvimento no “uso de armas químicas na Ucrânia”.

O ataque também coincide com declarações recentes do presidente russo, Vladimir Putin, que, na segunda-feira (16), comemorou os avanços das tropas russas no front de batalha. Em pronunciamento, Putin classificou 2023 como um ano “crucial”, destacando os progressos alcançados pelas forças russas. O Comitê de Investigação da Rússia prossegue com a análise do local, enquanto novas informações sobre o caso são aguardadas.

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