Advocacia-Geral da União vai apurar cotação errada do dólar do Google

A Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou informações ao Banco Central para embasar a apuração sobre a exibição de dados incorretos sobre a cotação do dólar pelo Google. Na última quarta-feira (25), a plataforma de buscas apresentou o valor do dólar a R$ 6,38, apesar de o mercado de câmbio ter fechado no dia 23 de dezembro com a moeda cotada a R$ 6,18. A discrepância gerou questionamentos, visto que o mercado de compra e venda de dólares estava fechado durante o período em questão.

A AGU afirmou que pretende tomar providências formais em relação ao ocorrido, buscando entender como, em um dia em que o mercado estava fechado, a plataforma de busca conseguiu apresentar uma cotação superior à registrada no fechamento da sessão cambial de 23 de dezembro.

“De fato, causa estranheza que, em pleno feriado de 25/12, datas sem PTAX, ocorra uma disparidade de informações relacionadas à cotação da referida moeda”, afirmou a AGU em um ofício. A PTAX, vale lembrar, é a taxa de câmbio referencial do mercado cambial brasileiro, que é publicada pelo Banco Central e serve como base para transações financeiras.

A falha não é um caso isolado. No início de novembro, o Google já havia apresentado uma cotação errada do dólar, exibindo R$ 6,17, quando, na realidade, o valor de fechamento estava em R$ 5,67. Na ocasião, o Google se manifestou ao site g1, explicando que os dados sobre câmbio exibidos na plataforma são provenientes de fontes terceirizadas. A empresa informou ainda que, diante de imprecisões, retira as informações incorretas da busca e trabalha com os fornecedores dos dados para corrigi-las o mais rápido possível.

Em resposta à mais recente falha, o Google suspendeu a ferramenta de cotação do dólar nessa quinta-feira (26). A suspensão aconteceu após o erro ocorrido no dia anterior, quando o valor da moeda foi novamente apresentado de forma equivocada. A decisão de retirar a ferramenta de operação temporariamente foi tomada para evitar mais distorções nas informações financeiras disponibilizadas aos usuários.

Esse episódio levanta questões sobre a confiabilidade das informações financeiras obtidas por meio de plataformas de buscas e o impacto de falhas como essa nos usuários, que podem ser induzidos a tomar decisões erradas baseadas em dados imprecisos. O Google, por sua vez, reiterou seu compromisso de corrigir qualquer erro rapidamente, mas as autoridades brasileiras devem aprofundar a investigação para entender a origem do erro e evitar que problemas semelhantes se repitam no futuro. A AGU e o Banco Central seguem monitorando a situação para garantir que a integridade das informações financeiras, essenciais para o mercado, seja preservada.

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