NASA alcança marco histórico ao captar sinais GPS na Lua

O experimento Lunar GNSS Receiver Experiment (LuGRE), da NASA, está agora na Lua e recebeu sinais de GPS enviados diretamente da órbita da Terra. Esse marco é parte integrante da missão Blue Ghost, que fez o pouso na Lua no início deste mês. O sucesso desse experimento é um feito significativo, pois marca a primeira vez que uma demonstração de tecnologia foi capaz de receber e monitorar sinais de navegação na superfície lunar, um passo crucial para o avanço da exploração lunar.

Em termos mais simples, essa tecnologia de navegação permitirá que as futuras missões na Lua possam determinar com precisão as rotas entre diferentes locais, facilitando a navegação no satélite natural da Terra. Isso representa um avanço fundamental, pois significa que as futuras missões do programa Artemis e outras iniciativas de exploração lunar poderão determinar suas posições, velocidades e horários de forma autônoma. Essa capacidade é vital para o sucesso das missões, principalmente as de longa duração, e abre o caminho para o desenvolvimento de sistemas de navegação avançados para destinos ainda mais distantes, como Marte.

“Na Terra, podemos usar sinais GNSS [Global Navigation Satellite System] para navegar em tudo, de smartphones a aviões”, disse Kevin Coggins, administrador associado adjunto do Programa SCaN (Comunicações Espaciais e Navegação) da NASA. “Agora, o LuGRE nos mostra que podemos adquirir e rastrear com sucesso os sinais GNSS na Lua. Essa é uma descoberta muito empolgante para a navegação lunar, e esperamos aproveitar esse recurso em missões futuras”, finalizou Coggins, destacando a importância da descoberta para a exploração lunar.

Com o Blue Ghost agora na Lua, a missão está programada para operar por 14 dias terrestres. Durante esse período, os dados coletados serão essenciais para a NASA e para a Agência Espacial Italiana, parceira no experimento, permitindo que eles monitorem o funcionamento do dispositivo de forma quase contínua. Além disso, o LuGRE continuará se comunicando com o GNSS, mesmo a uma distância de quase 360 mil quilômetros, o que permitirá testes extensivos do hardware e a identificação de quaisquer falhas ou bugs que possam surgir ao longo da operação.

Essa inovação abre portas para avanços significativos na navegação espacial e promete transformar a maneira como as missões são planejadas e executadas na Lua, com um olhar atento para futuras explorações em outros corpos celestes.

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