“Não veremos a repetição dos atos vergonhosos”, diz o ministro da Justiça sobre a Polícia Rodoviária Federal nas eleições

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse nesta quinta-feira (19) que os “vergonhosos atos que ocorreram no passado recente” não se repetirão nas eleições municipais deste ano. A referência é em relação às blitze da PRF (Polícia Rodoviária Federal) em 2022, que atrasaram a chegada de eleitores do Nordeste aos locais de votação.

“Não queremos e não veremos a repetição dos vergonhosos atos que ocorreram no passado recente em que os eleitores foram impedidos por forças do próprio Estado de se locomoverem livremente até o local das votações”, frisou Lewandowski.

Por conta desses bloqueios, o ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques, foi preso pela Polícia Federal, suspeito de atrapalhar o processo eleitoral. Ele ficou um ano detido e foi solto no mês passado.

A fala do ministro Lewandowski foi durante a cerimônia, no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em que as instituições – MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública) e TSE – assinaram o documento como um protocolo de atuação da PRF nas eleições municipais em todo o Brasil.

“O Estado assegurará aos brasileiros sua ida ao local de votação”, disse o ministro, ao lado da presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, do atual diretor-geral da PRF, Antônio Fernando Oliveira, e demais autoridades.

Durante o discurso, a ministra Cármen Lúcia disse que a portaria serve para “não permitir que o Estado atrapalhe o direito do voto”. “O Estado tem que assegurar o livre trânsito nas vias, nas rodovias e nas praças, porque, afinal, a praça é do povo. O eleitor terá garantia da segurança e tranquilidade que circulará livremente”, destacou a presidente do tribunal eleitoral.

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