Morre homem esfaqueado em briga junto com réu por racismo em Porto Alegre


Vítimas foram atingidas após atacarem homem, segundo investigação. Polícia Civil entendeu que houve legítima defesa, pois vídeo mostra suspeito sendo agredido pela dupla, que teria chamado ele de “judeuzinho”. Brigada Militar deteve suspeito de esfaquear duas pessoas em Porto Alegre durante briga. Uma delas morreu
RBS TV/Reprodução
O segundo homem esfaqueado durante uma briga no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, em 14 de outubro, morreu no Hospital de Pronto Socorro (HPS) no domingo (20), de acordo com a Secretaria da Saúde do município. Ele foi identificado como Lucas Vinicius Zatti.
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De acordo com a Polícia Civil, Zatti e um amigo, Aristides Mathias Flach Braga, que também morreu, atacaram um homem armados com um porrete onde foram fixados pregos. O homem revidou com um canivete. A investigação indica que ele já havia sido ameaçado pela dupla anteriormente. Por essa razão, conforme o delegado Eric Dutra, ele não será indiciado: agiu por legítima defesa.
“Enquanto estava sendo agredido, o Aristides o chamou de ‘judeuzinho’. Então, juntando todas essas informações, agora no inquérito, a gente está analisando a possibilidade do preso ter agido em legítima defesa nessa ocasião. Fecha um pouco com a informação de que ele vinha sendo ameaçado devido a esse preconceito”, afirma o delegado Dutra.
Aristides Mathias Flach Braga era réu por racismo e também suspeito de integrar um grupo neonazista (saiba mais abaixo).
O homem chegou a ser preso no dia da briga, mas foi solto. Segundo o Tribunal de Justiça (TJ), a polícia apresentou vídeos que mostram o momento da briga no pedido de revogação da prisão preventiva dele. O Ministério Público (MP) se manifestou a favor. O juiz Francisco Luis Morsch, do 2º Juizado da 1ª Vara do Júri, entendeu que não havia mais motivos para manter a prisão preventiva e expediu alvará de soltura na quinta (17).
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Réu por comparar pessoas negras a macacos
Em 2022, Aristides se tornou réu por comparar pessoas negras a macacos. O homem também era suspeito de integrar um grupo neonazista e investigado por ameaças de teor racista contra o ator Douglas Silva, ex-participante do BBB (veja vídeo abaixo).
Na ocasião, a defesa de Aristides afirmou que ele não havia praticado nenhum ato ilícito. Os advogados sustentavam que equipamentos pessoais e contas nas redes sociais do homem foram hackeados.
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