População começa a voltar para casa após dia de sol, recuo da Lagoa dos Patos e operação de bombas em Pelotas


Nível da Lago dos Patos chegou a 1,85 metro, enquanto Canal São Gonçalo baixou para 2,64 metros nesta segunda-feira (3). Religação de casa de bombas ajuda a escoar a água da Lagoa dos Patos em Pelotas-RS
O nível da Lagoa dos Patos baixou 15 centímetros entre 0h e 12h, nesta segunda-feira (3), medindo 1,85 metro em Pelotas, no Sul do Rio Grande do Sul. No pior momento da cheia, a altura chegou a 2,79 metros no município. Já Canal São Gonçalo, que liga as lagoas Mirim e dos Patos e chegou a medir 3,13 metros, baixou para 2,64 metros.
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O dia de sol, o recuo das águas e a operação de bombas de escoamento permitem que a população comece a voltar para casa nas regiões afetadas pela enchente no município. O número de desabrigados caiu de 750 para 350 pessoas. A quantidade de abrigos em funcionamento baixou de oito para quatro locais.
O autônomo Júlio César dos Santos relembra os dias de incerteza e medo que passou junto da família. A água alcançou as paredes da casa onde vive, no bairro Laranjal, que enfim secou e permitiu o retorno.
“Estamos felizes porque estamos dentro de casa e, ao mesmo tempo, tristes porque tem muitas pessoas que deveriam estar nessa mesma situação e ainda continuam com as casas alagadas aqui na volta”, diz.
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A área foi uma das mais atingidas pela cheia da Lagoa dos Patos e do Canal São Gonçalo. O vento do final de semana ajudou na redução dos níveis, o que também permitiu que a casa de bombas do bairro fosse religada. Foram cerca de 25 dias fora de operação por causa do alagamento no local.
“A gente depende ainda dos níveis, tanto da lagoa quanto do São Gonçalo. Hoje os níveis estão positivos para que a gente force e dê essa vazão significativa, mas a gente depende desse contexto como um todo”, explica Michele Alsina, diretora do Serviço Autônomo de Saneamento de Pelotas (Sanep).
A casa de bombas ajuda no escoamento da água que ainda alaga boa parte do bairro. Além da estrutura que já existe, duas bombas flutuantes reforçam a operação de retirada da água.
Na Praia do Laranjal, o serviço de drenagem só pôde ser colocado em operação porque foi construído um dique de contenção, que evita que a água que já foi retirada volte para dentro do bairro. O dique também ajuda a segurar a água caso o nível do Canal São Gonçalo volte a subir. O sistema depende da energia elétrica, que ainda está instável na região.
“Aos poucos tudo vai normalizar. Está no fim, está no fim… Reta final”, comemora a consultora de beleza Ângela Garcia Lima, moradora do bairro.
Em outro ponto do bairro, bombas alternativas, movidas a tratores, ajudam a retirar a água de áreas alagadas. A prefeitura abriu canais de escoamento de água na Praia do Laranjal. As valas abertas na areia ajudam as bombas que levam a água acumulada nas ruas de volta para a Lagoa dos Patos.
A atualização mais recente da Defesa Civil do Rio Grande do Sul afirma que 172 pessoas morreram em razão dos temporais e cheias. Outras 42 pessoas estão desaparecidas.
Dia de sol em Pelotas, no Sul do RS
Reprodução/RBS TV
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