Mais de 100 pessoas aguardam resgate em cima de casas após enchente em Candelária; ‘situação é crítica’, diz prefeito


População está ilhada há mais de 24 horas. Na cidade, oito pessoas estão desaparecidas. Pessoas aguardam resgate em cima de casas após enchente em Candelária
Arquivo pessoal
Mais de 100 pessoas estão ilhadas há 24 horas em Candelária, na Região dos Vales, após uma enchente causada pelos temporais que atingem o Rio Grande do Sul desde segunda-feira (29). O Rio Pardo, que contorna a cidade, transbordou e invadiu a cidade.
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De acordo com a prefeitura da cidade, elas estão abrigadas nos telhados dos imóveis e aguardam resgate (veja a foto acima).
“A situação é crítica. Tentamos apoio com a Base Aérea de Santa Maria, mas os helicópteros não conseguem chegar aqui com chuva. Os botes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros não conseguem também por conta da correnteza. Estamos tentando a Marinha agora”, contou o prefeito Nestor Ellwanger.
As localidades mais atingidas são as de Rebentona e Linha do Rio. A Força Aérea Brasileira (FAB) disponibilizou dois helicópteros, mas eles não conseguiram decolar de Santa Maria, onde fica a base aérea, em razão do mau tempo na terça-feira (30).
O município contabiliza oito desaparecidos, segundo a Defesa Civil estadual.
Na terça-feira, repórteres de GZH, do Grupo RBS, registrou o momento em que uma mulher foi arrastada pela correnteza do Rio Pardo (veja o vídeo abaixo). Viviane Roselei Blak, 46 anos, caiu na água ao tentar verificar a situação do imóvel de um dos filhos. No fim da tarde, os bombeiros confirmaram que a moradora foi encontrada viva, presa em uma árvore — ela foi hospitalizada.
Mulher arrastada por rio em Candelária é encontrada viva
Candelária está isolada em razão de bloqueios nas principais rodovias. Há queda de ponte entre a cidade e Santa Cruz do Sul, na RS-287. Na mesma rodovia, há outro bloqueio, mas em razão da ameaça da queda de uma ponte entre a cidade e Novo Cabrais. Também houve um deslizamento de terra na RS-400, que leva a Sobradinho. Não há abastecimento de água.
No total, cerca de 800 pessoas estão fora de casa no município. Famílias estão sendo removidas da Travessa do Camargo, Picadinha, Passo da Areia, Várzea dos Pantas e Praça da Pontes com a ajuda de botes do Corpo de Bombeiros.
O ginásio da escola Olavo Bilac, no bairro Passo da Areia, está aberto para quem precisa de abrigo. O Corpo de Bombeiros auxilia no trabalho e já removeu famílias com o auxílio de um bote. Todas as áreas atingidas até o momento são do Rio Pardo.

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