Saiba mais sobre o esquema que levou à prisão o ex-BBB gaúcho Nego Di

Preso preventivamente em Canoas (Região Metropolitana de Porto Alegre) desde o último domingo (14), o influenciador digital e humorista porto-alegrense Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como “Nego Di”, tem sido alvo de uma série de acusações. Estelionato. Lavagem de dinheiro. Realização de rifa virtual, prática proibida.

A prisão foi decretada pela Justiça gaúcha após denúncias de que o investigado participara de um esquema de venda on-line de produtos (sobretudo eletrodomésticos e eletroeletrônicos). Os itens jamais foram entregues aos respectivos compradores.

O humorista de 30 anos e que ampliou a sua fama ao participar (e ser eliminado com votação de 98,7%) do reality-show Big Brother Brasil) divulgava os produtos à venda em seus perfis nas redes sociais, tais como aparelhos de ar-condicionado e televisores. Tudo vendido a preços abaixo dos praticados no mercado, aspecto que deve sempre servir de alerta para risco de golpe.

Preso preventivamente no litoral catarinense e transferido sob custódia para Porto Alegre, onde corre o processo, ele foi apresentado no Palácio da Polícia e, na sequência, transferido a uma penitenciária estadual na cidade vizinha. Na terça-feira (16), a Justiça gaúcha negou o pedido de habeas-corpus a Nego Di.

Depósito fake

Ele buscou ampliar a sua visibilidade durante as enchentes de maio no Rio Grande do Sul, alardeando nas redes sociais um suposto gesto de desprendimento financeiro: a doação de R$ 1 milhão em uma campanha de arrecadação para as vítimas da catástrofe. Ao acessar as contas do investigado por meio da quebra de sigilo bancário, porém, o Ministério Público (MP) identificou somente um pix de R$ 100.

O humorista também foi a público repetidas vezes, na época, para questionar e criticar a atuação das autoridades durante a calamidade. E ainda direcionou sua “metralhadora-giratória” para celebridades como Xuxa Meneghel, Mitico.

Sua companheira também é investigada pelo MP por envolvimento em suposto esquema de lavagem de cerca de R$ 2 milhões com rifas virtuais. Ela foi presa em flagrante por manter em casa, na praia de Jurerê Internacional (SC), uma pistola de uso restrito às Forças Armadas. Mas acabou solta dias depois.

Em suas redes sociais, o também humorista gaúcho Eduardo Gustavo Christ, conhecido como “Badin, o Colono”, defendeu-se no caso. Ele é o criador da Vakinha na qual Nego Di alegou ter feito a contribuição milionária. Na época, Christ chegou a postar um agradecimento pela doação de “R$ 1 milhão”, mas agora alega que não tinha como saber se de fato o dinheiro havia entrado:

“Teve dias que entrou mais de R$ 10 milhões, não tinha como acompanhar se as doações que ele faria entrariam ou não. Muitos já sabem qeue o dinheiro foi administrado pelo Instituto Vakinha, eu repassava para eles e eles destinavam. Não tinha como eu saber se a doação dele entrou ou não”.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.