Nível do Guaíba pode superar marca histórica e chegar a 5,50 metros, aponta UFRGS


Chuvas excessivas no Rio Grande do Sul devem piorar cheia do lago entre segunda (13) e terça (14). Há uma semana, lago Guaíba atingiu marca histórica de 5,3 metros. Porto Alegre continua parcialmente inundada, e situação pode piorar com nova cheia do Guaíba
Adriano Machado/Reuters
O nível do Guaíba pode ultrapassar a marca histórica registrada no último dia 5 e chegar a 5,5 metros entre segunda (13) e terça-feira (14), de acordo com projeção elaborada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O lago teve leve alta neste domingo e atingiu 4,64 metros no Cais Mauá, na capital Porto Alegre.
Todos os cenários previstos pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH), da UFRGS, para a próxima semana apontam para uma cheia duradoura do Guaíba, e repique com nova elevação dos níveis para acima dos 5 metros.
A depender da ocorrência das chuvas previstas para as próximas horas e do vento sul, o Guaíba pode superar a marca histórica de 5,33 metros, registrada no dia 5, há uma semana, e alcançar os 5,50 metros. (veja as projeções abaixo).
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Projeção da UFRGS aponta que Guaíba pode chegar a 5,5 metros na próxima semana
Divulgação
Após atingir o pico do dia 5, o lago apresentou recessão lenta na quarta-feira (8/5) até atingir 4,56 m no sábado (11/5), o menor nível desde o início da enchente. À noite, o nível começou a subir. Às 14h45 deste domingo, registrou marca de 4,65 m, de acordo com o Centro Integrado de Coordenação de Serviços (CEIC).
Chove intensamente no estado desde sábado. Ocorreu precipitação expressiva de 100 milímetros ou mais em regiões das bacias do Taquari, Sinos, Caí e Jacuí. O nível do rio Taquari se aproxima dos 24 metros, e as previsões para o Caí apontam que o rio vai ultrapassar os 16 metros.
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Porto Alegre tem o início de maio mais chuvoso em 63 anos, desde 1961, segundo a Climatempo Meteorologia. De 1º de maio até as 9h deste domingo (12), a estação meteorológica do Jardim Botânico, na Zona Norte da Capital, registrou 306,5 mm de acumulado. Isto é quase o triplo da média, que é de 113 mm.
Com sete mortes confirmadas na manhã de domingo (12), o Rio Grande do Sul chegou a 143 vítimas dos temporais e cheias que atingem o estado desde o final de abril. O boletim da Defesa Civil ainda contabilizava 131 desaparecidos e 806 feridos (50 a mais do que no dia anterior).
Com a volta da chuva no estado, o número de pessoas fora de suas casas aumentou de cerca de 441 mil, registrado no sábado (11), para mais de 618 mil. Mais de 81 mil estão em abrigos e 537 mil estão desalojados (em casa de amigos e parentes).

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