Ata do Copom e prévia do PIB no Brasil, inflação nos EUA: o que observar nesta semana

A semana passada foi marcada pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) que decidiu pelo corte de 0,25 ponto percentual na taxa Selic. A ata da reunião, a ser divulgada na terça-feira (14) será observada de perto pelos investidores, uma vez que 5 membros do comitê – incluindo o presidente do Banco Central – votaram para uma redução de 0,25 ponto percentual, enquanto 4 diretores optaram por um corte de 0,50 p.p.

Ao contrário do início do ciclo, que também começou com um placar dividido, o comunicado não explicitou os motivos dos votos de cada grupo. Além disso, também não há um comprometimento com relação aos próximos passos da política monetária. Assim, o documento a ser divulgado trará mais informações acerca da leitura do BC sobre a conjuntura doméstica e o cenário global.

Os próximos dias serão marcados ainda pela apresentação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua) e pela Pesquisa Mensal de Serviços Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A semana também contará com o fim da temporada de resultados do primeiro trimestre de 2024, com importantes divulgações, como a Petrobras (PETR4) nesta segunda-feira (13).

No início da semana, destaque fica para o índice de confiança do empresário industrial (ICEI) de maio e serão apresentados os semanais Relatório Focus, pelo Banco Central, e a balança comercial, pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), na segunda. Na terça-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) trará a Pesquisa Mensal de Serviços e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) trará o levantamento da safra de grãos de 2023/2024.

Na quarta-feira, o índice IBC-Br de atividade econômica será apresentado pelo Banco Central assim como os dados semanais de fluxo cambial. No dia seguinte, será apresentado o Monitor do PIB de março, além do Indicador de Comércio Exterior. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) trará os Índices de Preços ao Consumidor semanal (IPC-S) e mensal (IGP-10) de maio.

“Esperamos um aumento mensal de 1,08%, levando a taxa anual para -1,3%, em comparação com -3,8% em abril. Os preços industriais no atacado devem acelerar, refletindo os preços do minério de ferro”, comenta a equipe econômica do Itaú sobre o IGP-10.

Por fim, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas apresenta o seu IPC semanal e o IBGE traz a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) contínua trimestral do 1º trimestral. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) traz a sondagem industrial.

No campo político, a expectativa é que os esforços continuem focados em medidas de auxílio ao estado do Rio Grande do Sul diante das enchentes. Nos últimos dias, o Congresso aprovou um projeto de lei proposto pelo governo para declarar estado de calamidade pública, autorizando o uso de fundos na região sem se preocupar com a meta fiscal. Além disso, foi realizado pacote de ajuda de R$ 50 bilhões provenientes de adiantamentos de despesas ou de adiamento temporário de impostos.

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