Em tratamento contra câncer, Preta Gil fala da queda de cabelo

Preta Gil falou sobre a queda de cabelo, em suas redes sociais, na tarde dessa quarta-feira (18). A cantora vem fazendo tratamento contra o câncer. “Pessoas me perguntam muito sobre meu cabelo, se ele não vai cair e não vou ficar careca. Ele está caindo, mas é uma perda parcial. Está caindo bastante, mas da outra vez eu consegui e não raspei a cabeça. Desta vez, estamos no segundo ciclo (de quimioterapia), vamos ver. Ainda faltam quatro, mas não tem problema. No cabelo a gente coloca lenços e outras coisas. Depois ele cresce”, explicou.

A cantora foi diagnosticada com um câncer no intestino no início do ano passado. Ao longo de 2023, ela passou por um tratamento e comemorou o fim do processo em dezembro. Nos últimos meses, Preta Gil retomou agenda profissional, celebrou a chegada dos 50 anos com uma festa no Rio de Janeiro e lançou um livro. Em agosto, ela anunciou a retomada do tratamento oncológico após recidiva da doença.

Sem evidência

Médicos explicam que, após o tratamento primário, Preta entrou em uma fase que os médicos chamam de “sem evidência da doença”. Em outras palavras, o câncer não era mais detectável por exames físicos, de imagem, tomografia e/ou sangue. Alguns usam a palavra “remissão” nessas situações, embora o termo seja mais utilizado para cânceres hematológicos (como leucemia, linfoma e mieloma).

O termo cura é de difícil caracterização para a oncologia. Segundo os médicos, após um período de cinco anos sem evidências da doença, os profissionais costumam usá-lo. No entanto, em alguns casos, mesmo após esse período de tempo o câncer pode “voltar”, o que é chamado de recidiva. “É uma situação em que existem sinais claros do retorno do tumor”, resume o oncologista Artur Ferreira, da Oncoclínicas São Paulo.

A recidiva significa que parte das células tumorais não foi adequadamente erradicada no momento inicial do tratamento, explica Ferreira. Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), trata-se de “micro metástases” indetectáveis por exames de imagem, mesmo os mais modernos. Com o passar do tempo, elas podem se multiplicar indiscriminadamente, levando ao desenvolvimento de um “novo” câncer.

Oren Smaletz, oncologista do Hospital Israelita Albert Einstein, lembra que uma das hipóteses da recidiva no caso de tumores sólidos, que podem ser removidos cirurgicamente, é que células cancerígenas ainda muito pequenas para serem detectadas já se espalhavam antes da remoção.

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