Estudo aponta falhas na credibilidade de pesquisas eleitorais por telefone

Um estudo realizado pelo Conselho Federal de Estatística revelou que as pesquisas eleitorais por telefone enfrentam desafios sérios quanto à credibilidade, especialmente no cálculo da margem de erro e do nível de confiança. O problema central está na base estatística usada para selecionar a amostra, que geralmente é composta por um simples sorteio de números de telefone a partir de cadastros não institucionais.

A ausência de uma base padronizada faz com que cada empresa de pesquisa crie o seu próprio cadastro, o que pode gerar uma proximidade preocupante com o formato de enquetes, que são menos rigorosas em termos metodológicos. Além disso, as informações sobre sexo, idade, grau de instrução e localização geográfica dos entrevistados são todas fornecidas pelo próprio respondente, o que pode não refletir com precisão o perfil da amostra.

Outro ponto crítico destacado no estudo é a desconfiança do entrevistado em relação à pesquisa por telefone. Essa falta de confiança pode levar à insinceridade nas respostas, tanto no que diz respeito ao perfil socioeconômico quanto à declaração de intenção de voto, o que afeta ainda mais a veracidade dos resultados.

Apesar de serem mais baratas e oferecerem respostas rápidas, as pesquisas telefônicas podem aumentar as incertezas nos resultados finais, ameaçando a credibilidade do setor.

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