Investigação do Serviço Secreto dos Estados Unidos constata falta de diligência antes de tiroteio no comício de Trump

Uma investigação do Serviço Secreto dos Estados Unidos encontrou falhas de comunicação e falta de diligência antes da tentativa de assassinato do candidato presidencial republicano Donald Trump em um comício em Butler, Pensilvânia, em julho.

“Houve complacência por parte de” alguns agentes “que levou a uma violação dos protocolos de segurança”, disse a jornalistas o diretor interino do Serviço Secreto, Ronald Rowe, nessa sexta-feira (20), acrescentando que os funcionários da agência serão responsabilizados.

A tentativa de assassinato contra Trump no comício de 13 de julho levou a críticas generalizadas ao Serviço Secreto e à renúncia de seu então diretor. Críticos levantaram preocupações sobre como o suspeito conseguiu acessar um telhado próximo com uma linha de visão direta para onde o ex-presidente discursava.

A orelha de Trump foi ferida, um participante do comício foi morto e outros dois ficaram feridos no tiroteio. Desde então, o Serviço Secreto disse que estava “envergonhado” com o lapso de segurança.

As autoridades também investigam uma aparente tentativa de assassinato contra Trump na Flórida no domingo. Nesse caso, o Serviço Secreto capturou o suspeito e nenhum tiro foi disparado contra Trump.

Rowe disse que Trump está recebendo o mesmo nível de proteção que o presidente Joe Biden e a candidata democrata à presidência, a vice-presidente Kamala Harris, sua rival na eleição de 5 de novembro.

Elon Musk

O Serviço Secreto abriu uma investigação contra Elon Musk após o bilionário publicar e deletar um comentário no qual ele questionava por qual motivo o presidente norte-americano, Joe Biden, e sua vice-presidente, Kamala Harris, não sofreram nenhuma tentativa de assassinato, diferente do ex-mandatário Donald Trump.

Segundo a Bloomberg, a autoridade norte-americana está tentando determinar se uma pessoa representa uma ameaça iminente a um de seus protegidos, no caso, os atuais presidente da República dos Estados Unidos e sua vice.

Ameaçar os chefes de Estado é crime no país, podendo resultar em multa ou até cinco anos de prisão.

“Por uma questão de política, não comentamos tais assuntos, mas podemos dizer que investigamos todas as ameaças relacionadas aos nossos protegidos”, afirmou Nate Herring, porta-voz do Serviço Secreto.

No início da semana, Musk postou a mensagem logo após uma segunda aparente tentativa de assassinato contra Trump, atual candidato republicano, mas a apagou em meio a muita polêmica.

Inclusive, a Casa Branca criticou a publicação do dono do X, dizendo que foi “irresponsável” por ter “brincado” e “encorajado” a violência. “A violência não deve ser apenas condenada, ela nunca deve ser encorajada. Essa retórica é irresponsável”, afirmou a nota.

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