Pablo Marçal admite ter armado cena com ambulância após cadeirada

O candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) admitiu que a utilização de uma ambulância para levá-lo ao Hospital Sírio-Libanês, após ser atingido por uma cadeirada desferida por José Luiz Datena (PSDB) durante o debate da TV Cultura, foi uma encenação. Em um vídeo obtido pelo portal Terra, Marçal declarou que “dava para ir correndo para o hospital”, e que o uso da ambulância foi parte de uma estratégia.

Marçal minimizou os machucados e afirmou que tudo fazia parte de um jogo político: “Eu dava conta de segurar aquela cadeira, dava conta de agredir aquele cara… Mas fiz questão de levar [a cadeirada] para sentir mesmo”. Ele afirmou que esse momento é menos sobre propostas e mais sobre mostrar quem as pessoas são.

Durante o debate promovido pelo Terra, SBT e Nova Brasil no dia 20, Marçal tentou adotar um tom mais moderado, mas ainda fez acusações pessoais, sem mencionar diretamente os nomes de Datena e Ricardo Nunes (MDB).

Rejeição cresce após incidente no debate

A rejeição ao candidato Pablo Marçal aumentou após o debate. Segundo pesquisa Datafolha divulgada em 19 de setembro, 47% dos eleitores afirmaram que não votariam nele, um aumento em relação aos 44% da semana anterior. Desde agosto, sua rejeição subiu 17 pontos percentuais, ultrapassando a de Guilherme Boulos (PSOL), que agora tem 38% de rejeição, e Ricardo Nunes (MDB), com 21%. José Luiz Datena, envolvido no incidente, também teve sua rejeição elevada, de 32% para 35%.

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