No Jornal do Almoço, Maria do Rosário (PT) diz que é atacada por sua atuação em defesa dos direitos humanos

JA recebe candidatos ao 2º turno das eleições de Porto Alegre e Canoas. Candidatos de Canoas, Airton Souza (PL) participa na quarta (16) e Jairo Jorge (PSD), na quinta (17). Eleições 2024: Maria do Rosário (PT) é entrevistada no Jornal do Almoço
O Jornal do Almoço, da RBS TV, recebeu a candidata ao 2º turno da eleição para prefeitura de Porto Alegre Maria do Rosário (PT) nesta terça-feira (15). A candidata disse ser atacada por estereótipos e que nunca defendeu bandidos.
Os jornalistas Cristina Ranzolin, Marco Matos e Rodrigo Lopes conduziram a sabatina. Eles perguntaram como a candidata lida com ataques, mesmo sendo autora de leis que endurecem penas para crimes.
“Muitas vezes eu me bati contra criminosos que são muito poderosos nas redes. E lamentavelmente no Congresso Nacional existiu quem também usou desse meu trabalho de estar na linha de frente e inclusive denunciar policiais envolvidos com o crime para fazer um estereótipo para me atacar, para criar coisas negativas. Então tu me oportuniza, eu quero dizer para vocês, eu quero esclarecer, nunca jamais defendi qualquer bandido ou qualquer crime, ao contrário, as pessoas que defendem os direitos humanos elas são pela vida e pela paz”, disse.
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“Na segunda-feira (14), o JA recebeu o candidato Sebastião Melo (MDB). Na quarta (16), o candidato ao 2º turno em Canoas Airton Souza (PL) é entrevistado no jornal. E na quinta (17), o adversário Jairo Jorge (PSD) é recebido no programa.
Candidata Maria do Rosário (PT) é entrevistada no Jornal do Almoço
Pedro Alt/RBS TV
Confira o que disse Maria do Rosário (PT):
Questionada sobre a ida das eleições para o segundo turno, Maria do Rosário disse acreditar que o momento é de uma nova eleição.
“Quem não foi votar não está satisfeito com a política de um modo geral. E é muito importante que a atividade política, democrática responda para essas pessoas recuperando a confiança com seriedade, propostas e mostrando que a decisão que a pessoa toma indo votar é justamente para a mudança, se ela, por exemplo, não concorda com a situação em que se encontra hoje a cidade”, disse.
Eleições 2024: Maria do Rosário (PT) responde se entende 2º como nova eleição
A candidata foi perguntada sobre quais propostas de Juliana Brizola (PDT) pretende adotar se for eleita.
“Quando ela fala em escola integral, não é apenas o contratorno, mas é uma escola com aprendizado, é uma escola com cultura, com esporte e, do meu ponto de vista, que agrega também o ensino de idiomas. Então, as nossas propostas, eu sou professora hoje, é o dia também em homenagem às colegas, professores e professoras, que nós queremos recuperar a educação com a escola integral, valorizando professores e professoras e essa é uma ideia central da campanha de Juliana”, falou.
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Rosário também foi questionada sobre a eventual falta de apoio na Câmara Municipal, onde partidos da coligação da candidata são minoria.
“Vocês não imaginam a gratidão que eu tenho por ser uma professora no Partenon, uma pessoa que cresceu na periferia e ter sido eleita já nove vezes para o Legislativo. E eu te digo assim com doutorado nessa área, é possível e até bom governos não terem sempre a maioria. Maiorias ou minorias são eventuais, o que um governo sempre deve ter é diálogo”, afirmou.
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A candidata também foi indagada sobre a presença do presidente Lula na campanha de Maria do Rosário.
“Eu gostaria que viesse, mas eu acho que eu não vou conseguir, sou bem sincera com vocês. Ocorre que o presidente Lula nos diz que ele veio cinco vezes ao Rio Grande do Sul e nenhuma delas ele quis misturar a ação de campanha com a ação institucional. Mesmo fora do horário de expediente de um presidente da República, ele é presidente da República”, comentou.
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Maria do Rosário foi questionada sobre os programas prevenção às enchentes implementados atualmente e que ela pretende manter se for eleita.
“Eu digo que é sempre a minha vez de dizer ‘fica o que está bom, muda o que não está’, que era o eslogan do Fogaça. Se tiver coisas boas, vou manter, em tudo que tenha, tudo que tenha, que estiver bom, vamos manter. Mas acontece que ainda, e essa é a notícia que eu quero te dar que é triste, ainda não estão reconstruindo o sistema de proteção”, afirmou.
A candidata foi perguntada sobre o que as gestões do PT, entre 1988 e 2004, fizeram em relação às enchentes.
“O PT, quando o governo fez muita coisa, vou dizer para vocês aqui, para começo de conversa, todos os condutos forçados, Álvaro Chaves, tudo o que aconteceu em relação a levar, por exemplo, a construção de uma estação de tratamento de esgotos, foi obra do PT, e ela começou a despoluição do Lami, da Zona Sul e de Ipanema. Nós criamos um programa integrado socioambiental, e com a Terceira Perimetral que nós fizemos, garantimos contrapartidas que melhoraram toda a região do Parcão. Então se o Parcão não tem mais jet ski ali andando, é porque na época do PT as obras foram feitas”, falou.
A candidata também responsabilizou a atual gestão por problemas durante a enchente.
“Não, porque mea culpa tem que fazer o prefeito. Sabe por quê? E ele tem que fazer mesmo, porque pouco se falava entre nós, era algo que não dava problema, os prefeitos anteriores fizeram a sua parte. Por que que deu problema agora? Não só porque a situação ambiental é mais grave, mas porque não tem lixo sendo tratado e é porque ele não fez a manutenção”, disse.
Por fim, Maria do Rosário se apresentou como alternativa ao atual governo.
“Vocês têm dois caminhos aqui, o caminho da continuidade, todo mundo sabe o que é, é o que está aí, que não cuidou, que não protegeu. O nosso caminho, atenção direta, prevenção, obras que acontecem e previnem”, disse.
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