Governo e instituições parceiras lançam Plataforma Brasil de Investimento Climático

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Na quarta-feira, 23, em Washington, nos Estados Unidos, o governo federal, juntamente com instituições parceiras, revelou a criação da Plataforma Brasil de Investimentos Climáticos e para a Transformação Ecológica (BIP, na sigla em inglês). Esse instrumento visa atrair investimentos internacionais para projetos estratégicos voltados ao desenvolvimento sustentável do país, com ênfase na transição ecológica e na luta contra as mudanças climáticas.

A plataforma foi desenvolvida pelos ministérios do Meio Ambiente e Mudança do Clima, da Fazenda, de Minas e Energia, e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, em colaboração com parceiros como a Bloomberg Philanthropies, a Aliança Financeira de Glasgow para o Net Zero (GFANZ, na sigla em inglês), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e o Fundo Verde para o Clima (GCF).

A Plataforma Brasil de Investimento Climático e para a Transformação Ecológica é um dos resultados da Força-tarefa para Mobilização Global contra a Mudança do Clima, inovação trazida pela Presidência brasileira do G20”, explicou a ministra Marina Silva. “Será essencial para a implementação do Plano Clima, atraindo investimentos de outros países para acelerar e dar escala à descarbonização da economia brasileira.”

Além de Marina, o anúncio contou com a presença do ministro Fernando Haddad (Fazenda) e de representantes de bancos multilaterais de desenvolvimento, incluindo o Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB), o Grupo Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), entre outros.

A plataforma é a realização de um ano e meio de iniciativas do Ministério da Fazenda que permitiram um novo horizonte para a agenda climática do Brasil”, afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “É, portanto, a conclusão de um processo de estruturação de nossos marcos regulatórios e financeiros para investimentos verdes. Da mesma forma, é o início de outro processo, de uma nova onda de investimentos.

A BIP tem como objetivo ampliar e otimizar os investimentos provenientes de diversas fontes na transição, apoiando tanto o Plano de Transformação Ecológica quanto o Plano Clima. A iniciativa visa também servir como um modelo para outras nações que desejam alinhar suas metas climáticas e transformações ecológicas com investimentos concretos e estratégicos.

O lançamento da Plataforma Brasil de Investimento Climático e para a Transformação Ecológica é uma demonstração clara do compromisso do governo do presidente Lula com o desenvolvimento sustentável”, explicou Geraldo Alckmin, vice-presidente do Brasil e Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. “A plataforma facilitará a divulgação das oportunidades de negócios no país, nos setores da chamada economia verde, atraindo ainda mais investimentos produtivos para o Brasil, que se traduzem na geração de emprego e renda.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, a mobilização de capital internacional para a transição é crucial para que o Brasil atinja suas metas ambiciosas de desenvolvimento e clima. Em 2023, o país revisou sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) e suas metas climáticas, com o compromisso de reduzir as emissões em 53% até 2030. O Brasil também tem o potencial de se tornar a primeira nação do G20 a alcançar emissões líquidas zero, enquanto gera empregos e promove a prosperidade.

Durante as agendas em Washington, a delegação brasileira tem anunciado que o país está em fase final de definição de suas metas de redução de emissões para 2035. Essas metas englobam áreas prioritárias como o combate ao desmatamento, práticas agrícolas sustentáveis, descarbonização industrial, soluções baseadas na natureza, fontes diversificadas de energia renovável, transporte sustentável e bioeconomia. No entanto, apesar dos esforços anteriores e em curso, os planos climáticos do Brasil até agora receberam apenas uma pequena parcela do financiamento necessário para alcançar seus objetivos climáticos.

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