Equipes de saúde mental dão suporte a desabrigados pelas cheias

Pessoas que estão nos abrigos da cidade em razão das cheias contam com acompanhamento de profissionais da área de saúde mental. São psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais e terapeutas ocupacionais que atuam fazendo a escuta atenta de quem perdeu tudo e precisa recuperar as forças para reconstruir a vida.

Abrigos maiores, como o Vida, possuem uma equipe de saúde mental fixa que trabalha junto aos profissionais da unidade de saúde e voluntários. Soma-se a isso o reforço de equipes multidisciplinares para atender demandas espontâneas, incluindo também enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas e sanitaristas.

A metodologia utilizada pelas equipes procura acolher as angústias, a fim de minimizar os efeitos potencialmente traumáticos da experiência. A ideia é somar esforços para auxiliar no suporte psicológico nos abrigos, alinhados às estratégias de saúde da Força Nacional do SUS. 

Marcia Beatriz Leal, 50 anos, está entre os abrigados do Vida Centro Humanístico. Ela cuida da mãe com Alzheimer e do filho Pietro, de 7 anos, que é autista. 

“Conversar com um profissional como o psicólogo, botar para fora as angústias, alivia um pouco a dor”, conta Marcia, que sofre de ansiedade e depressão, seguindo tratamento com medicações. Quando a água baixar, o objetivo é juntar as forças e tentar reconstruir a vida.

De acordo com informações da Defesa Civil do RS, fornecidas na manhã desta quarta-feira (15), foram confirmados ao menos 149 mortos, 806 feridos e 108 desaparecidos devido às enchentes no estado. Um total de 446 municípios foram atingidos e 2,12 milhão de pessoas foram afetadas. Existem 538,2 mil desalojados e 76,5 mil pessoas em abrigos. Um total de 76,5 mil pessoas foram resgatadas e 11,4 mil animais também foram socorridos.

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