Alexandre de Moraes autoriza ex-ministro da Justiça de Bolsonaro a sair de casa à noite e nos fins de semana para cuidar da mãe

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes flexibilizou nesse sábado (23) as medidas restritivas aplicadas ao ex-ministro da Justiça Anderson Torres, para que o político possa acompanhar o tratamento médico da mãe, de 70 anos. A medida é temporária.

Torres foi preso por suposta omissão durante os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília, mas teve sua soltura determinada pelo próprio Moraes, quatro meses depois, sob condições.

Dentre as regras em vigor antes e depois da autorização estão o uso de tornozeleira eletrônica e a obrigação de permanecer em casa à noite e aos fins de semana. Ele havia sido ministro no governo de Jair Bolsonaro (2019-2022) e, na ocasião do quebra-quebra na capital do País, atuava como secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.

Com o afrouxamento das normas, Anderson Torres deverá seguir usando tornozeleira, mas poderá passar as noites e os fins de semana na casa dos pais ou no hospital em que a mãe está internada devido a um câncer.

“Defiro parcialmente o requerimento e autorizo a flexibilização da medida cautelar de recolhimento domiciliar noturno e aos finais de semana, para que Anderson Gustavo Torrres possa visitar e acompanhar a genitora nos cuidados necessários ao tratamento de sua saúde”, ressalta Alexandre de Moraes no documento.

O ministro do Supremo complementa: “Ressalte-se o caráter provisório da presente decisão, que não dispensa o requerente do cumprimento das demais medidas cautelares impostas”.

No pedido feito a Moraes, a defesa de Anderson Torres havia argumentado que a mãe do ex-ministro está com “gravíssima e incurável doença” e que o pai, de 73 anos, “não consegue, por si só, ministrar alguns cuidados indispensáveis ao tratamento da esposa”.

Em uma reiteração do pedido, na última quinta-feira (21), os advogados chegaram a dizer que a mãe do político está “em iminência de óbito” e “deve ser acompanhada por seus familiares para que possam se despedir da paciente”.

Ex-governador

O ex-governador do Acre, Flaviano Melo, que morreu na última quarta-feira (20), aos 75 anos, foi velado desde a meia noite desse sábado (23), no Palácio Rio Branco, sede do governo do Acre. Do prédio localizado no centro da capital, o corpo deve sair para o sepultamento no cemitério são João Batista, por volta das 17h.

Presidente do MDB no Acre, estava na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, tratando uma pneumonia desde o dia 9 de novembro. A morte cerebral foi confirmada na quarta e os aparelhos que o mantinham vivo foram desligados. Por volta das 16h (horário do Acre), o MDB confirmou a morte. O governo do Acre decretou luto oficial de três dias.

Durante o velório, a viúva disse que Flaviano deixa um legado de gratidão. Ela afirmou também que o povo do Acre ‘perdeu um grande homem, um grande pai, um grande político, um grande marido e um ser humano fantástico’.

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