Governador em exercício pede investigação ‘rigorosa e ágil’ em caso de preso morto por outro detento dentro de cadeia no RS


Fato ocorreu no Complexo Prisional de Canoas. De acordo com Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo, suspeita é de que a arma teria ingressado no presídio através de drone. Jackson Peixoto Rodrigues, 41 anos, foi morto dentro de cadeia por outro detento
Divulgação/Polícia do Paraguai
O governador em exercício, Gabriel Souza (MDB), pediu uma investigação “rigorosa e ágil” sobre o caso do chefe de uma organização criminosa morto a tiros por um rival dentro do Complexo Prisional de Canoas. As forças de segurança e secretários do RS foram convocados para uma reunião no Palácio do Piratini, no domingo (24), para discutir o caso.
“Pedi investigação rigorosa e ágil sobre o episódio, além de amplo reforço da segurança nas ruas da Região Metropolitana para coibir conflitos entre facções”, afirmou.
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Conforme a Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo, a suspeita é de que a arma que matou Jackson Peixoto Rodrigues, 41 anos, tenha ingressado no presídio através de drone. Na madrugada anterior ao episódio, houve registro de sobrevoo na região.
“A galeria tem sofrido constantes tentativas de entregas de ilícitos por drone, sendo interceptado pelos agentes. Na madrugada anterior ao fato, houve um registro de sobrevoo de drone, momento em que servidores revistaram a galeria e retiraram um rádio e drogas”, explica a pasta.
A Polícia Civil abriu um inquérito para apurar as circunstâncias do crime. No fim de semana, dois supostos responsáveis pelo ataque foram identificados.
Governador em exercício convocou reunião com forças de segurança e secretários
Joel Vargas/Palácio Piratini
Em entrevista à Rádio Gaúcha, do Grupo RBS, o governador Eduardo Leite, que está em missão oficial na Ásia, afirmou que o esclarecimento do caso tem “total prioridade”. Leite também tranquilizou a população sobre uma possível reação violenta por parte do grupo ao qual pertencia o preso morto.
“Nós estamos acompanhando todos esses movimentos e nós não vamos tolerar, não vamos admitir e vamos atuar com força para fazer a repressão de qualquer movimento ou tentativa de desordem em função deste caso”, assegurou.
A Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo instaurou um processo administrativo para investigar o caso. O titular da pasta, Luiz Henrique Viana, afirma que os fatos serão apurados “com rigor absoluto, para que situações como esta não voltem a ocorrer”.
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Quem é o preso morto
O preso morto foi identificado como Jackson Peixoto Rodrigues, de 41 anos. “Nego Jackson”, como era conhecido, chegou a receber atendimento médico, mas não resistiu aos ferimentos. Ele era apontado como chefe de uma organização criminosa rival a do apenado que efetuou os disparos.
Em 2017, “Nego Jackson” chegou a ser o principal procurado do estado. Ele foi capturado no Paraguai e ficou recolhido em penitenciárias federais do Brasil até ser transferido para o RS, em 2020.
Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan)
Omar Freitas/Agência RBS
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