Marinha do Brasil alerta para ressacas com ondas de até 3 metros no litoral gaúcho

A frente fria que vem do Oceano Atlântico atua na Região Sul pode provocar ondas de até 3 metros na faixa litorânea entre Mostarda, no Rio Grande do Sul, e Florianópolis, Santa Catarina. O aviso é da Marinha do Brasil e é válido até esta sexta-feira (17). Em outros pontos do Estado, a frente fria provocou geadas, com temperatura mínima entre 3°C e 0°C.

Na noite de quarta (15), a cidade de Imbé, no litoral norte gaúcho, foi atingida por ondas fortes. A Defesa Civil municipal também alertou que o mar está com ressaca, que também pode gerar cheia na Lagoa Tramandaí. Nas imagens compartilhadas nas redes sociais, é possível ver a água ultrapassar a calçada. Na manhã desta quinta (16), alguns pontos da cidade amanheceram alagados.

As chuvas voltaram a atingir o Estado, do centro ao norte, nessa quinta, com volumes não muito significativos. Nesta sexta, a passagem de um novo sistema frontal pode provocar chuvas fortes, que podem vir acompanhadas de trovoadas e rajadas de vento na região, principalmente em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.

Após estabilidade nos últimos boletins, número de mortos por enchentes no Rio Grande do Sul voltou a subir nessa quinta, chegando a 151, de acordo com o balanço divulgado pela Defesa Civil do Estado. O registro de desaparecidos, por outro lado, recuou para 104. As chuvas que assolam o Estado há mais de duas semanas já afetaram mais de 2,28 milhões de gaúchos.

Desde o começo das enchentes colocarem o Rio Grande do Sul debaixo d’água, comprometeu atividades em 461 municípios, equivalente a 92% de todo o Estado. Nessas localidades, a Defesa Civil registrou mais de 77 mil pessoas abrigadas e mais de 538 mil desalojados, ou seja, que tiveram que deixar suas casas em função das chuvas.

Na noite dessa quinta-feira, o Rio Grande do Sul registrava 94 trechos com bloqueios totais e parciais em 51 rodovias, pontes e balsas. As informações são compiladas pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), consolidadas com o Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), abrangendo também rodovias concedidas e as administradas pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR).

As chuvas e enchentes que atingem o Estado destruíram boa parte da infraestrutura de estradas do Rio Grande do Sul. Por isso, portos e aeroportos formam corredores de transporte fundamentais nesse momento, trazendo socorro e garantindo o abastecimento das regiões atingidas.

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