Sabesp vai enviar bombas que escoam mil litros de água por segundo para ajudar nas enchentes do Rio Grande do Sul


Segundo André Salcedo, diretor-presidente da Sabesp, serão disponibilizados 18 conjuntos de bombas, que serão enviadas nesta sexta-feira (17) e devem chegar a Porto Alegre e Canoas. Ruas de Porto Alegre alagadas em 14 de maio de 2024
Anselmo Cunha/AFP
A Sabesp vai enviar ao Rio Grande do Sul bombas de escoamento para ajudar nas enchentes que atingem o estado. Os equipamentos têm a capacidade de transferir cerca de mil litros de água por segundo de um local a outro, o equivalente a encher uma piscina olímpica em 30 minutos.
Os conjuntos, que são utilizados em ações de macrodrenagem, foram utilizados na Região Metropolitana de São Paulo durante a crise hídrica em 2014. Na ocasião, foram usadas no Sistema Cantareira para bombear a água do volume mais baixo (volume morto) para uma parte mais alta.
Segundo André Salcedo, diretor-presidente da Sabesp, serão disponibilizados 18 conjuntos de bombas. Quatro delas transportadas por aviões da Força Aerea Brasileira (FAB); as 14 vão pelas rodovias, com apoio do Exército. Os equipamentos serão enviados nesta sexta-feira (17) e devem chegar a Canoas e Porto Alegre.
“Nossa equipe está no local, já começou a identificação do melhor ponto para onde essas bombas devem instaladas. Precisa trabalhar na redução do volume da água para que as equipes possam trabalhar na reconstrução das cidades”, afirmou.
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Como são flutuantes, as bombas acompanham o nível da água, e isso evita a necessidade de deslocamento de um ponto a outro.
“Focando inicialmente nas áreas de operação, nas áreas técnicas, seja nas áreas de comporta, de escoamento dos diques, seja nas unidades que produzem água, que tratam água, para começar o processo de normalização de funcionamento das cidades via produção de água potável para a população”.
Além dos equipamentos de escoamento da água, a Sabesp também enviou 57 profissionais para o Rio Grande do Sul. Eles atuam em instalações danificadas pelas chuvas, como estações de tratamento, e na distribuição de água potável para a população.
Situação no Sul
O número de mortes no Rio Grande do Sul chegou a 151 nesta quinta-feira (16). O nível do Rio Guaíba, em Porto Alegre, ficou abaixo de 5 metros pela primeira vez desde segunda-feira (13).
A expectativa é de que a água que inundou as ruas de Porto Alegre recue mais. Onde a água já baixou, o cenário é devastador, com animais mortos, esgoto e mau cheiro.
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