Consumir chocolate amargo pode reduzir em 21% risco de diabetes tipo 2, diz estudo

Vai um chocolatinho amargo aí? Um novo estudo observacional publicado na quarta-feira (4) no renomado periódico The BMJ sugere que o consumo de pelo menos cinco pequenas porções de chocolate amargo por semana pode diminuir o risco de desenvolver diabetes tipo 2 em 21%.

Mas antes de se deliciar com uma barra inteira de chocolate, é importante saber que uma porção equivale a 28 gramas e deve ser necessariamente de chocolate amargo para que os benefícios sejam alcançados. “Os compostos bioativos no cacau chamados flavanóis demonstraram em estudos com animais e estudos experimentais em pequena escala com humanos melhorar a sensibilidade à insulina e reduzir o estresse oxidativo e a inflamação, todos componentes na fisiopatologia do diabetes”, informou Nestoras Mathioudakis, co-diretor médico do Programa de Prevenção e Educação em Diabetes da Johns Hopkins Medicine em Baltimore.

O estudo, que acompanhou milhares de participantes ao longo de vários anos, analisou hábitos alimentares e incidência de diabetes tipo 2, controlando variáveis como idade, peso, nível de atividade física e histórico familiar da doença. Os resultados indicam que o consumo regular de chocolate amargo, rico em flavanóis, pode desempenhar um papel significativo na prevenção da doença.

Os flavanóis são conhecidos por suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, que contribuem para a melhoria da saúde cardiovascular e metabólica. Além disso, o chocolate amargo possui menor teor de açúcar e mais fibras comparado ao chocolate ao leite, tornando-o uma opção mais saudável dentro de uma dieta equilibrada.

Especialistas ressaltam, no entanto, que o consumo deve ser moderado e integrado a um estilo de vida saudável, que inclua uma alimentação balanceada e prática regular de exercícios físicos. “Embora os resultados sejam promissores, é essencial não encarar o chocolate amargo como uma solução milagrosa, mas sim como parte de uma abordagem holística para a prevenção do diabetes”, complementa Mathioudakis.

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