Prefeito de Porto Alegre pede que moradores racionem água; 4 das 6 estações estão paradas


Situação mais grave é na Ilha da Pintada, onde parte da estrutura da estação foi arrastada e precisará ser reconstruída. Número de mortes no estado chegou a 57 neste sábado (4). Imagem de drone mostra área de Porto Alegre na beira do Guaíba alagada no dia 4 de maio de 2024
Renan Mattos/Reuters
O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), pediu que a população racione água a partir deste sábado (4). Quatro das seis estações de tratamento da cidade estão paradas por conta das enchentes que atingem o Rio Grande do Sul.
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“As bombas, na medida em que o rio está muito alto, não podem continuar funcionando, senão todas elas vão queimar e vai passar muito tempo pra recuperar. Das seis estações, quatro (estão paradas). E está faltando água pra muita gente, porque as pessoas não têm reservação. Eu quero fazer um apelo que as pessoas façam racionamento muito forte, muito forte na cidade”, disse o prefeito, em entrevista à RBS TV.
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As estações de tratamento que pararam de funcionar são as seguintes: Ilhas, Moinhos de Vento, São João e Tristeza. Não há previsão de retomada da operação.
Segundo o diretor do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), Mauricio Loss, a situação mais grave é na Ilha da Pintada, onde parte da estrutura da estação foi arrastada e precisará ser reconstruída.
Enchentes no RS
O número de mortos em razão dos temporais que atingem o Rio Grande do Sul subiu para 57 neste sábado (4), de acordo com o boletim divulgado pela Defesa Civil.
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Além dos mortos, há 67 desaparecidos e 74 pessoas feridas. A Defesa Civil soma 42.221 pessoas fora de casa, sendo 9.581 pessoas em abrigos e 32.640 desalojadas, que recebem abrigo nas casas de familiares ou amigos. Ao todo, 300 dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 422.307 mil pessoas.
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Em Porto Alegre, o nível do Guaíba superou a cota de inundação, transbordando e avançando sobre ruas e avenidas – e ultrapassou os 5 metros na manhã deste sábado. Viagens foram canceladas na rodoviária da cidade e no Aeroporto Internacional Salgado Filho.
Rodoviária de Porto Alegre ficou totalmente alagada com enchente neste sábado (4)
Jorge Rosa/Arquivo pessoal
Os temporais causaram danos também na infraestrutura viária do RS. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), 188 trechos de rodovias enfrentam algum tipo de bloqueio em razão disso. Do total, cinco trechos de rodovias federais e 28 trechos de rodovias estaduais sofrem bloqueio parcial. Os demais trechos enfrentam bloqueios totais.
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O desastre ambiental também deixou cidades sem luz. Na manhã deste sábado, a Rio Grande Energia (RGE), concessionária de energia elétrica que atende parte do RS, divulgou que 296 mil clientes estão sem luz. A maioria desses clientes estão em áreas alagadas. As regiões mais afetadas são Vale do Taquari (92,1 mil), Metropolitana (88,4 mil), Vale do Rio Pardo, (43,8 mil), Vale dos Sinos (34 mil), Serra (12,4 mil), Planalto (11,7 mil), e Central (9,3 mil).
Já a outra concessionária de energia, a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), divulgou que há 73 mil clientes sem energia em sua área de atuação. Os municípios mais atingidos são Guaíba, Porto Alegre e Alvorada. Dos desabastecidos, 58 mil estão desligados por segurança devido a áreas alagadas, atendendo a solicitações da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros e das prefeituras municipais.
Os temporais deixaram presídios do estado ilhados devido às enchentes causadas. Mais de 1 mil detentos precisaram ser transferidos de unidades prisionais.
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