Jogadoras do River Plate têm prisão convertida em preventiva por injúria racial

As quatro atletas do River Plate presas na última sexta-feira (20) por injúria racial tiveram a prisão convertida em preventiva pela justiça brasileira nesta segunda-feira (23), de acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Elas seguem presas no complexo penitenciário do Estado após audiência de custódia.

Candela Díaz, Camila Duarte, Juana Cangaro e Milagros Diaz foram encaminhadas a uma delegacia e presas em flagrante após uma confusão generalizada durante o primeiro tempo da partida da equipe contra o Grêmio pela Ladies Cup, na sexta-feira. Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram quando, depois de um gol de empate do Grêmio, uma das jogadoras, Candela, faz gestos imitando um macaco para um dos gandulas.

Em nota, o time gaúcho disse que suas jogadoras se revoltaram ao ver os gestos da argentina.

“Ao defender o gandula, as Gurias Gremistas também foram vítimas de palavras e gestos racistas. Na confusão, a partida foi interrompida e seis jogadoras do River acabaram expulsas, dando fim ao jogo”, informou o clube, acrescentando que foi então feito um Boletim de Ocorrência logo depois da partida.

Na audiência de custódia, a justiça brasileira decidiu pela prisão preventiva para evitar que as argentinas deixassem o Brasil. Em nota, os organizadores da Ladies Cup – um torneio amistoso criado para fomentar o futebol feminino – explicaram que o River Plate foi eliminado do torneio e suspenso por dois anos.

“A organização reforça o posicionamento antirracista e reafirma que jamais irá tolerar casos dessa natureza”, diz o texto.

Também em nota, o River Plate condenou os gestos das suas jogadoras e informou que está tomando as medidas disciplinadas adequadas e “seguirá trabalhando para erradicar esse tipo de conduta”.

 

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