Mãe de atirador que manteve família sob cárcere privado no RS recebe alta após ser baleada 3 vezes; 5 pessoas morreram


Caso aconteceu em outubro. Homem matou o pai, o irmão e dois policias militares. Edson Fernando Crippa foi morto pela polícia após o cerco ao imóvel. Imagens mostram interior da casa onde atirador matou familiares e PMs em Novo Hamburgo
A mãe do atirador que manteve a própria família sob cárcere privado e matou cinco pessoas em Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, recebeu alta hospitalar neste sábado (28). Cleris Teresinha Crippa, de 70 anos, foi baleada três vezes.
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O crime aconteceu em outubro deste ano, em uma casa na Rua Adolfo Jaeger, no bairro Ouro Branco. Conforme a polícia, o Edson Fernando Crippa, o atirador, estaria mantendo os pais em cárcere privado. O próprio pai teria ligado para a polícia denunciando maus-tratos. Logo que viu os policiais, na parte da frente do imóvel, ele teria atirado contra eles. Relembre o caso abaixo.
O homem matou o pai, o irmão e dois policias militares. Edson foi morto pela polícia após o cerco ao imóvel.
Fachada de casa com marcas de tiros em Novo Hamburgo
Reprodução/RBS TV
Em um primeiro momento, Cleris foi internada no Hospital de São Leopoldo. Em 22 de novembro, a mulher foi encaminhada à UTI do Hospital Regina, em Novo Hamburgo, onde permaneceu por mais de 20 dias. Depois, segundo nota da instituição (veja nota abaixo), foi acomodada para um quarto de internação.
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Imagens mostram ação da polícia e interior de casa onde atirador matou familiares e PMs
Quem são os mortos
Edson Fernando Crippa, 45 anos, atirador
Eugênio Crippa, de 74 anos, pai do atirador
Everton Crippa, 49 anos, irmão do atirador
Everton Kirsch Júnior, de 31 anos, policial militar
Rodrigo Weber Volz, de 31 anos, policial militar
Mortos durante cárcere privado em Novo Hamburgo são enterrados em São Leopoldo
Jean Peixoto/Agência RBS
O crime
Edson foi morto pela polícia após o cerco ao imóvel, que se estendeu por nove horas. Vídeos divulgados pela polícia mostram a ação dos policias durante o cerco e o interior da casa do atirador.
Cinco pessoas morreram, incluindo ele, e oito ficaram feridas.
Uma pessoa que estava fora da casa e não era policial nem familiar também foi atingida. Era o guarda municipal Volmir de Souza.
Paredes com marcas de tiros após cerco em Novo Hamburgo
Polícia Civil/Divulgação
De acordo com o tenente-coronel Alexandro Famoso, comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar (3º BPM) de Novo Hamburgo, houve tentativas de negociação com Edson, incluindo contato telefônico, mas ele só respondia atirando com armas de fogo. Ele atirou “de forma inesperada […] em todas as pessoas que se encontravam naquele local, na frente da residência”, disse.
A BM encontrou quatro armas e “farta munição” dentro do imóvel. O criminoso tinha registro de colecionador, atirador desportivo e caçador (CAC) apesar de histórico de doença mental. O Ministério Público Federal (MPF) investiga a concessão de porte a Crippa.
Nota do Hospital Regina
“O Hospital Regina informa que neste sábado, dia 28 de dezembro de 2024, teve alta hospitalar a paciente Cleris Teresinha Crippa, de 70 anos.
A paciente chegou à Instituição em 22 de novembro de 2024 encaminhada diretamente à UTI Adulto. No dia 13 de dezembro, recebeu alta da UTI e foi acomodada em um quarto na Ala das Orquídeas, onde permaneceu até a alta hospitalar no dia de hoje.
Com o mesmo carinho prestado durante o seu atendimento, o Hospital Regina estima à querida Cleris total recuperação e saúde.”
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