Ministro da Fazenda tira gastos com o Rio Grande do Sul e prevê déficit de 0,1% do PIB em 2024

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, prevê encerrar o ano de 2024 com um déficit equivalente a 0,1% do PIB (Produto Interno Bruto). A estimativa de déficit ocorre com o abatimento dos gastos gerados pela tragédia no Rio Grande do Sul, o que consumiu o equivalente a cerca de 0,27% do PIB.

O ministro disse que o governo vai conseguir atingir a meta fiscal com a entrega de um déficit de 0,1% do PIB no ano de 2024. Essa previsão, porém, não leva em conta os gastos após a tragédia climática no Rio Grande do Sul.

Com a inclusão das despesas para o Rio Grande, o déficit alcança 0,37% do PIB. Portanto, Haddad informou que o total de gastos no estado somou 0,27% do PIB. O resultado primário de 2024 será conhecido com a consolidação dos números do setor público no mês de fevereiro.

O arcabouço fiscal prevê déficit zero em 2024. Há, porém, margem de tolerância de 0,25 ponto. Assim, o governo cumpre a meta com resultado negativo correspondente a até 0,25% do PIB.

Sobre o ajuste das contas públicas, Haddad cita que “o FMI (Fundo Monetário Internacional) reconheceu o esforço fiscal brasileiro como um dos maiores do mundo”.

Haddad mencionou ainda que o governo adotou um conjunto de medidas de contenção para enfrentar os desafios do segundo semestre do ano passado e que houve exagero do mercado com a piora das perspectivas da economia brasileira.

“O estado brasileiro tem que encontrar o caminho do equilíbrio, estamos fazendo ajuste estrutural”, disse o ministro, garantindo que a situação de 2024 é estruturalmente melhor que a de 2022.

Na entrevista, o ministro da Fazenda cita que a projeção oficial da equipe econômica de crescimento do PIB em 2024 é de 3,6%. O ministro também destacou a necessidade de melhorar a comunicação do governo e reconheceu que o mercado está “muito sensível” no mundo inteiro.

“O mundo vive em instabilidade muito grande”, afirmou, citando como exemplo a eleição de um presidente nos EUA com uma agenda econômica “difícil de decifrar”. “Se o plano traçado pelo Ministério da Fazenda chegar a termo, vamos chegar a 2026 com a economia muito mais arrumada do que herdamos”, disse.

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