“Não vou nem tomar mais Viagra”, diz Bolsonaro ao celebrar convite para a posse de Trump

O ex-presidente Jair Bolsonaro expressou sua satisfação ao receber o convite para a posse de Donald Trump, prevista para acontecer na segunda-feira (20). Em entrevista ao jornal The New York Times, Bolsonaro revelou estar muito entusiasmado com o convite e afirmou estar “animado como uma criança”.

Desde fevereiro do ano passado, o passaporte de Bolsonaro está retido em decorrência de investigações relacionadas a sua possível participação em eventos ligados a uma tentativa de golpe no Brasil. A defesa do ex-presidente havia solicitado a liberação do documento, mas o pedido foi negado nessa quinta-feira (16) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que alegou a existência de “risco de fuga” do ex-presidente como justificativa para a negativa.

Bolsonaro, que se mostrou otimista com a possibilidade de Donald Trump retornar à Casa Branca, se referiu ao presidente eleito dos EUA como “o cara mais importante do mundo”. Ele ainda comentou sobre o convite, descrevendo-o como um “gesto para se orgulhar”.

O convite para comparecer à cerimônia de posse de Trump foi enviado a ele através de um e-mail encaminhado para o seu filho “03”, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). “Estou me sentindo criança de novo com o convite do Trump. Estou animado. Não vou nem tomar mais Viagra”, brincou o ex-presidente.

Ao ser questionado sobre as investigações relacionadas à tentativa de golpe de 8 de janeiro e seu indiciamento no ano passado, Bolsonaro afirmou que está sendo constantemente “vigiado”. Sobre sua inelegibilidade, determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o impede de concorrer à cargos eletivos até 2030, ele criticou a decisão, classificando-a como “um estupro da democracia”. Mesmo diante dessas situações jurídicas, o ex-presidente afirmou não estar preocupado com seu julgamento, mas sim com quem será responsável por julgá-lo.

Zuckerberg

Na entrevista, Bolsonaro também fez elogios à recente decisão de Mark Zuckerberg, CEO da Meta (empresa dona do Facebook, WhatsApp e Instagram), de adotar uma postura mais crítica contra ações de governos que, segundo ele, estariam perseguindo empresas americanas e censurando conteúdos.

O comentário foi relacionado à mudança nas políticas de moderação de conteúdo nas redes sociais, que passaram a ser vistas de maneira mais favorável por Bolsonaro e seus aliados. “Estou gostando do Zuckerberg. Bem-vindo ao mundo das pessoas boas, da liberdade”, concluiu o ex-presidente brasileiro.

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