Dólar cai e fecha a R$ 5,91; Ibovespa tem leve queda

O dólar fechou em queda nesta sexta-feira (24), cotado a R$ 5,91 — menor valor desde 27 de novembro (R$ 5,9124). Na semana, a moeda norte-americana acumulou um recuo de 2,43%. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, fechou em leve queda.

Ao longo da sessão, investidores repercutiram os novos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), conhecido como a prévia da inflação oficial do País. A expectativa é que o IPCA-15 dê novos sinais sobre quais podem ser os próximos passos do Comitê de Política Monetária (Copom) na condução dos juros do Brasil.

No exterior, as políticas tarifárias de Donald Trump, novo presidente dos Estados Unidos, continuaram no radar. Na véspera, durante o Fórum Econômico Mundial, o republicano reforçou seu discurso protecionista, prometendo criar “o maior corte de impostos da história americana” e taxar empresas que não queiram produzir no país.

Nesta semana, o republicano havia reforçado sua promessa de impor tarifas de 10% à China e à União Europeia, e considerou alíquotas de até 25% contra o México e o Canadá. Mas a falta de medidas concretas sobre o tema continua a abrir espaço para uma valorização do real.

Na quinta-feira (23), Trump criticou a condução das taxas de juros americanas pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e disse que vai exigir que as taxas de juros caiam “imediatamente”.

Por outro lado, o republicano suavizou seu tom em relação à China e disse que “preferiria” evitar a imposição de tarifas sobre o gigante asiático. Durante a campanha eleitoral, o discurso era muito mais duro, com promessa de aplicar tributação de até 60% sobre produtos chineses. (leia mais abaixo)

Nesta sexta, o dólar recuou 0,13%, cotado a R$ 5,9180. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,8670. Com o resultado, acumulou queda de 2,43% na semana; e recuo de 4,23% no mês e no ano. Na véspera, a moeda norte-americana fechou em queda de 0,34%, cotada a R$ 5,9255, no menor valor desde novembro.

Enquanto o Ibovespa recuou 0,03%, aos 122.447 pontos. Com o resultado, acumulou alta de 0,08% na semana; e ganho de 1,80% no mês e no ano. Na véspera, o índice fechou em queda de 0,40%, aos 122.483 pontos.

Influência nos mercados

Os novos dados de inflação no Brasil voltaram a chamar a atenção dos mercados para o cenário doméstico, conforme investidores seguem na expectativa pela próxima reunião do Copom, que acontece na semana que vem. O IPCA-15 — considerado a prévia da inflação oficial do país — registrou uma alta de 0,11% nos preços em janeiro. O resultado representa uma desaceleração em relação ao observado em dezembro (0,34%), mas ainda está bem acima do esperado pelo mercado, de uma deflação de 0,02% para o mês.

Com o resultado, o IPCA-15 começou 2025 com uma alta acumulada de 4,50% em 12 meses — uma desaceleração em relação aos 4,71% registrados em dezembro do ano passado.

O resultado volta a pressionar por novas altas de juros por parte do Banco Central do Brasil (BC). A estimativa é que o colegiado anuncie mais uma alta da 1 ponto percentual (p.p.) na taxa básica de juros (Selic).

Além disso, as preocupações com o quadro fiscal do País também seguem na mira, conforme investidores monitoram os debates do governo para tentar reduzir os preços dos alimentos. As informações são do portal de notícias g1.

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