Safety in the work (21): PPR – linha de ar com pressão de demanda

Capítulo XIII – Continuação… 10

Seguindo o exame dos tipos da Máscaras de Linha de Ar, na edição 20, vimos a 1) de Fluxo Constante, a 2) de Fluxo de Demanda e agora vamos examinar o terceiro tipo:

3) Máscara de Linha de Ar com Fluxo de PRESSÃO de Demanda.

Tanto as Máscaras de Fluxo Constante quanto as de Fluxo a Demanda, é sabido que o ar ‘caminha’ num sentido único: o da fonte fornecedora para a máscara no momento em que a inalação é feita, e o ar exalado é expulso do sistema respiratório e de dentro da máscara através de uma válvula de exalação que se abre, instantaneamente, expulsando o ar exalado dos pulmões para a atmosfera, ficando assim tanto a linha, quanto a traqueia e peça facial, supridos com ar respirável. Contudo sempre há o risco da perda do nível da pressão positiva. Para aquelas condições onde a possibilidade da perda da pressão interna causada pela pressão negativa durante a inalação, que se encontra sempre presente nos sistemas a demanda, não é aceitável e não pode haver o consumo de ar relativamente alto nas unidades de fluxo constante, a melhor escolha deve ser uma máscara de linha de ar a pressão de demanda, pois esta proporciona uma pressão positiva durante a inalação e a exalação, assegurando ao usuário a presença de abundante quantidade de ar mesmo que ocorra um vazamento e o usuário esteja em local perigoso (dentro de um forno, de um tanque, de um túnel).

As máscaras de pressão de demanda devem obedecer os mesmos requisitos dos outros tipo, exceto que a pressão estática na peça facial não deverá exceder a 3,75cm (1,5 polegada) na coluna d’água e a resistência de exalação, a 85 litros por minuto, não deverá exceder a pressão estática da peça facial em mais de 5 cm na coluna d’água.

É responsabilidade da administração do programa assegurar-se que o ar que é fornecido pela empresa e os equipamentos geradores desse ar estejam dentro das normas ditadas pela lei, assegurando sua integral respirabilidade, observando, especialmente, que a presença de monóxido de carbono não exceda, de modo nenhum, a 20 partes por milhão (20 ppm), que o dióxido de carbono não exceda a 1000 ppm e os hidrocarbonetos condensados não excedam a 5 miligramas por metro cúbico.

Tenha-se em conta que os Compressores a Pistão, lubrificados internamente, o seu aquecimento excessivo pode gerar Monóxido de Carbono acima do aceitável e por em risco a vida, por isso se recomenda fazer testes periódicos ou, melhor ainda, plotar na linha, junto a saída do ar, um Indicador da Concentração de CO, que alarma se em algum momento sua presença exceder 20ppm.

Alguns modelos de Compressores de Ar, são fabricados especialmente para gerar Ar Respirável. Se no tipo de atividade e processo de produção da empresa, a necessidade é constante e seu uso é expressivo, é recomendado que tenha um Compressor desse tipo para assegurar presteza, agilidade e imediato fornecimento de ar, no caso tanto para as Linhas quanto para recarga de cilindros de equipamentos autônomos.

Os fabricantes destes tipos de Máscaras de Linha de Ar, devidamente fiscalizados e submetidos as Normas Regulamentadoras de Aprovação, por seus técnicos, estão aptos a prestar assessoria ao cliente, disponibilizando as opções e alternativas mais adequadas a cada caso. É recomendável conhecer as opções de mais de um fabricante e compará-las nos termos de segurança, validade, qualidade e custos.

Uma QUARTA opção, fácil, competente, de baixo custo, igualmente segura, mas que requer cuidados especiais de uso e aplicação, bastante eficiente mas pouco usada é a chamada MÁSCARA DE TUBO.

A Máscara de Tubo é um tipo de Máscara de Linha de Ar que, da face até a cintura, é exatamente igual à Máscara de Linha de Fluxo Constante – a Peça Facial, a Traqueia, o Cinto, o Suporte de cinto, e o terminal de Engate Rápido – mas daí em diante ela é conectada a uma mangueira de grande diâmetro, no caso, chamado de “Tubo” e no outro extremo ela não se conecta em nada ou nela se liga uma ventoinha manual. Os cuidados e atenções básicas, diâmetro mínimo, comprimento e etc. desse equipamento, vamos ver na semana que vem, edição 22, dia 14.2, quando iniciaremos, também, o exame dos Equipamentos Autônomos.

(Luiz Carlos Sanfelice – [email protected])

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