Lula não desistiu de Lira no ministério; ele resiste

Lula sabe que Arthur Lira (PP-AL), assim como ocorreu a Davi Alcolumbre (União-AP) ao deixar a presidência do Senado, não perderá a influência política mesmo fora da presidência da Câmara, por isso quer manter o deputado por perto, como ministro, ou ao menos que indique um representante para cargo de ministro. Lira tem manifestado desinteresse na oferta. Em Alagoas, afinal, ele enfrentará em 2026 o clã Calheiros, que tem ligações ao petista, e quer estar em lado oposto.

Solução
Lula acenou para Lira, que é produtor, o comando do Ministério da Agricultura, hoje do PSD, para melhorar o diálogo com o agronegócio.

Topa tudo
Alvo de fogo amigo, o ministro Carlos Fávaro foi aconselhado a se mexer, daí topou a patacoada do boné no início do mês.

Cadeira cobiçada
Fávaro sofre fritura até no PSD. Seus correligionários da Câmara querem devolver a fraca pasta da Pesca e indicar substituto de Fávaro.

Objetivo
Lula já sabe que não conta com Lira em seu palanque de 2026, mas o plano do petista é ao menos neutralizar o PP nas eleições presidenciais.

SP: golpe de sindicato tunga salário de médicos
Médicos de São Paulo procuraram a coluna para denunciar uma malandragem que garante ao sindicato da categoria garfar uma porcentagem do salário dos profissionais a título de “contribuição assistencial”, que nada mais é do que um disfarce malandro para cobrar imposto sindical, abolido na reforma trabalhista do ex-presidente Temer. A arapuca pega quem não pode ir pessoalmente rejeitar a garfada. A simples procuração com assinatura autenticada foi invalidada.

Jogo combinado
Assembleia de pelegos babando pelo bolso alheio impôs a exigência de documento registrado em cartório para quem recusa o assalto.

Burocracia marota
Ao contrário de sindicalistas folgados, os médicos trabalham e não têm tempo a perder em filas na entidade para não autorizar o desconto.

Seis por meia dúzia
Faz parte do assalto a cobrança marota dos cartórios pela procuração: quase o mesmo valor que os sindicalistas querem afanar dos médicos.

Motta põe o dedo
O presidente da Câmara, Hugo Motta (União-PB), é o primeiro chefe de Poder com a coragem de discordar da versão histérica de “golpe” no 8/jan. Para ele, não eram golpistas, eram só “vândalos e baderneiros”. E ainda criticou as penas excessivas do STF: “Há um desequilíbrio”.

Ideia de jerico
Os rombos dos Correios de R$500 milhões em janeiro (2025) e de R$3,2 bilhões em 2024, mostram que não corria risco de dar certo a ideia do ministro Luiz Marinho de colocar a empresa para substituir Uber e Ifood.

Plantação
Políticos em Brasília plantando balões de ensaio para ver se cola. A plantação mais recente vem do PSB, espalhando que a deputada Tábata Amaral (PSB-SP) será ministra de Ciência e Tecnologia.

Deboche
Juízes e advogados que residem em cidades litorâneas, como Rio, Recife, Maceió etc., querem saber se, além de gravatas, o Supremo vai mandar distribuir também sungas por conta de quem paga impostos.

Espécies em extinção
A eleição de 2026 renovará dois terços dos 81 senadores. Mas há quatro partidos do Senado que correm risco de perder 100% dos parlamentares, todos em fim de mandato: Podemos (4), PSB (4), PSDB (3) e Novo (1).

Gente ordinária
Não é casual o declínio em todo o mundo das esquerdas e sua cultura “woke”, de inspiração fascista. Nesta sexta (7), um ativista invadiu a Basílica de São Pedro, no Vaticano, subiu no altar (o tumulo de São Pedro) e danificou esculturas. Incluindo a Pietà, de Michelangelo.

Evangélicos
Tem data para acabar a confusão na Frente Evangélica, sem acordo para escolha do novo presidente. A eleição, polarizada entre Otoni de Paula (MDB-RJ) e Gilberto Nascimento (PSD-SP), será no dia 26.

Sem aumento
Má notícia para quem depende do programa Bolsa Família. Ainda não há previsão de reajuste do valor pago pelo programa social este ano. O governo teme que eventual aumento agrave a inflação.

Marvada vida
Após o caso da “comida cara”, memes provocam Lula: o que fazer com a cachaça pela hora da morte?

Poder sem Pudor

Bem não declarado

Prefeito de Araxá (MG), poeta e pensador, o ministro Olavo Drummond estava muito impressionado, nos idos de 1998, com o aperto imposto pelo Banco do Brasil aos agricultores endividados. Desabafou: “Marido não chama mais a mulher de ‘meu bem’, senão vem o Banco do Brasil e toma.”

Cláudio Humberto

@diariodopoder

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