Dieese: cesta básica de Porto Alegre teve redução em janeiro, mas continua entre as mais caras

No primeiro mês de 2025, o custo da cesta básica aumentou em 13 das 17 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. Em Porto Alegre, no entanto, ocorreu uma redução de 1,67%.

Apesar da redução, a capital de gaúcha está entre as que apresentam maior custo da cesta básica (R$ 770,63), atrás de São Paulo (R$ 851,82), Florianópolis (R$ 808,75) e Rio de Janeiro (R$ 802,88). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 571,43), Recife (R$ 598,72) e João Pessoa (R$ 618,64).

As elevações mais importantes foram registradas em Salvador (6,22%), Belém (4,80%) e Fortaleza (3,96%). As reduções, além de Porto Alegre, ocorreram em Vitória (-1,62%), Campo Grande (-0,79%) e Florianópolis (-0,09%).

Na comparação dos valores da cesta, entre janeiro de 2024 e janeiro de 2025, Porto Alegre teve redução de 2,59% no preço. A outra capital que apresentou redução foi Belo Horizonte (-1%), enquanto as 15 demais cidades tiveram alta de preço. O destaque no aumento é para as capitais do Nordeste: Fortaleza (13,28%), João Pessoa (10,52%), Natal (10,14%), Recife (8,76%) e Aracaju (8,13%).

Em janeiro de 2025, com o aumento de 7,5% no salário mínimo, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 103 horas e 34 minutos. Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em janeiro de 2025, 50,90% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos.

Com base na cesta mais cara, que, em janeiro, foi a de São Paulo, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em janeiro de 2025, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 7.156,15, ou 4,71 vezes o mínimo de R$ 1.518,00. A estimativa também leva em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

Leia aqui a nota completa do Dieese.

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