Nível da Lagoa dos Patos sobe e variação preocupa municípios gaúchos

Os municípios em torno da Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul, aumentaram os cuidados por causa da oscilação do nível do corpo hídrico. No início da noite de segunda-feira (20/5), a média estava em 2,68 metros, enquanto a cota de inundação é de 1,30 metros.

Há pelo menos três variáveis mais importantes que influenciam esse nível: a quantidade de água vinda do Guaíba; os ventos mais fortes por causa de uma frente fria na região; e a maré alta.

Veja simulação feita pela Universidade Federal do Rio Grande (Furg), considerando ventos e outras variáveis:

Mais sobre a variação na Lagoa dos Patos

Relatório da Furg, divulgado no fim de semana, aponta que os níveis do corpo hídrico vão sofrer variações pelo menos até o fim do mês. E pode subir muito a partir de sábado que vem (25/5).

“De acordo com o documento, a breve análise dos resultados obtidos indica que a previsão do comportamento do nível da Lagoa dos Patos é variável e está fortemente relacionada à variabilidade da intensidade e direção dos ventos”, diz o site da universidade.

O estudo também paonta que “os resultados são afetados pela ocorrência de precipitação na bacia de hidrográfica, que variam as descargas dos corpos d’água que descargam volumes no Estuário, como é o caso do rio Guaíba, por exemplo”, continua.

Na área de influência da lagoa, cerca de 6 mil pessoas estão desalojadas.

Em Rio Grande, a lagoa está 18 centímetros mais alta que a linha do cais. Isso fez com que as inundações deixassem ruas intransitáveis e diversos serviços, como os de saúde, fossem suspensos.


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A mudança de vento também fez com que Pelotas entrasse em estado de alerta. A ponto de famílias serem retiradas dos pontos onde o nível da água é mais alta. Mesmo com os diques de 3 metros de altura, construídos depois da enchente de 1941, o perigo ainda é grande.

No domingo, o vento começou a ir na direção sudoeste. A tendência era boa porque ajudou a empurrar a água para o oceano. Porém, desde a noite de ontem, a direção mudou.

São Lourenço, São José do Norte e Arambaré também declararam estado de calamidade pública.

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