Não há, por ora, prova de que Bolsonaro avalizou o plano para assassinar Lula

A denúncia assinada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirma que Jair Bolsonaro (PL) tomou conhecimento e “anuiu” ao plano “Punhal Verde Amarelo”, que tratava do assassinato de autoridades, entre elas Lula (PT), seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), e o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.

Gonet, porém, indica elementos frágeis ao fundamentar a afirmação de que o ex-presidente concordou com o plano de assassinatos.

Nas investigações da Polícia Federal, há indicativos de que o documento foi impresso no Palácio do Planalto e levado ao Palácio da Alvorada em momentos coincidentes com a presença de Bolsonaro, mas não há provas que tenham vindo a público de que o ex-presidente tenha concordado com ele.

“O plano foi arquitetado e levado ao conhecimento do presidente da República, que a ele anuiu, ao tempo em que era divulgado relatório em que o Ministério da Defesa se via na contingência de reconhecer a inexistência de detecção de fraude nas eleições”, , diz a denúncia tornada pública nessa semana.

Para respaldar sua afirmação, Gonet cita principalmente uma mensagem de WhatsApp enviada pelo general da reserva Mario Fernandes —então número 2 da Secretaria-Geral da Presidência e apontado como autor do “Punhal Verde Amarelo”— ao tenente-coronel Mauro Cid, chefe da ajudância de ordens de Bolsonaro.

A conclusão de Gonet avança um degrau, inclusive, em relação ao entendimento da PF, que afirmou que Bolsonaro sabia do plano “Punhal Verde Amarelo”, mas não fala que ele tenha autorizado sua execução. (Folhapress)

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