Servidora do Ministério Público gaúcho que morreu atropelada tem os órgãos doados

Morta em virtude de atropelamento na área central da cidade de Ibirubá (Norte gaúcho) na tarde de 22 de fevereiro, a funcionária do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) Carla Regina Acosta teve os órgãos doados pela família. Ela chegou a permanecer internada em hospital da região, mas não resistiu. O sepultamento foi realizado no dia 26, em Ijuí.

Ela foi atingida por uma motocicleta quando estava em uma com a filha, que andava de patinete e não se feriu. A informação é da equipe do Corpo de Bombeiros que atendeu a ocorrência.

Falando em nome do MPRS o procurador-geral de Justiça do Rio Grande do Sul, Alexandre Saltz, manifestou solidariedade: “Lamentamos este momento tão triste para a família, amigos e colegas. O que nos conforta é o nobre gesto da doação de órgãos, que salvará as vidas de muitas pessoas”.

A promotora Suzane Hellfeldt, que trabalha na mesma unidade (a Promotoria de Justiça de Ibirubá), enalteceu as qualidades de Carla Regina:

“Ela era uma servidora maravilhosa e competente, alguém especial e que vai deixar muita saudade. E mesmo tendo passado por tudo isso, foi uma guerreira que conseguiu levar vida a outras pessoas por meio da doação dos órgãos”.

Perna amputada

Em Machadinho (Região Norte do Estado), uma ciclista de 27 anos teve a perna esquerda amputada após sofrer atropelamento por automóvel que participava de uma competição de arrancadas em Machadinho, na Região Norte do Rio Grande do Sul. O acidente ocorreu no sábado passado (1º) e a vítima permanece no Hospital de Clínicas de Passo Fundo. Seu quadro é estável.

A Polícia Civil investiga o caso. Imagens que circulam nas redes sociais mostram o veículo em alta velocidade atingindo a vítima. Ela voltava do trabalho utilizando como  um canteiro gramado no meio da avenida, quando o motorista perdeu o controle do carro, saiu da pista e atingiu a mulher.

Os organizadores da competição disseram ter obtido o sinal-verde da prefeitura e da Brigada Militar para realizar a corrida, além de seguir “todas as regulamentações de segurança”. Em contrapartida, a Federação Gaúcha de Automobilismo (FGA) afirma que o evento não estava autorizado pela entidade. Ressalta, ainda, que já havia comunicado as autoridades competentes sobre o veto.

Por meio de nota, a entidade máxima da modalidade no Rio Grande do Sul ressaltou o alto risco desse tipo de competição em via pública.A responsabilidade do evento passa ser das autoridades que foram coniventes com a realização do evento”, ressalta um trecho do texto.

Também sublinhou estar fazendo o possível para que fatos como esse não se repitam, e que tenta identificar os pilotos que participaram, para que sejam penalizados pela Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA).

(Marcello Campos)

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