Cheia em Porto Alegre: prefeito detalha situação da Capital


Situação do Guaíba provoca impactos em diferentes pontos da cidade. Temporais deixaram 83 mortos confirmados e outras quatro mortes sob investigação. Prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), detalha situação da cidade após cheias
Reprodução/YouTube/PMPA
O prefeito de Porto Alegre detalha, na tarde desta segunda-feira (6), a situação da cheia do Guaíba e dos reflexos dos temporais em toda a cidade. Sebastião Melo (MDB) explicou a situação dos bairros Cidade Baixa e Menino Deus, que registrarm alagamentos após problemas em uma casa de bombeamento de água.
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Porto Alegre registra 170 mil pontos sem energia elétrica. O prefeito também justificou o pedido de racionamento de água.
“Não há estoque de água no nosso depósito suficiente. Então, mais uma vez, eu apelo pro racionamento”, diz.
O Rio Grande do Sul registra 83 mortos em razão dos temporais, de acordo com o boletim divulgado pela Defesa Civil na manhã desta segunda-feira (6). São investigadas outras 4 mortes. Além disso, há 111 desaparecidos e 291 pessoas feridas.
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Conforme o levantamento da Defesa Civil, são 149,3 mil pessoas fora de casa, sendo 20 mil em abrigos e 129,2 mil desalojadas (nas casas de familiares ou amigos). Ao todo, 364 dos 497 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 873 mil pessoas.
A previsão de chuva para a partir da metade desta semana em áreas já castigadas por temporais volta a deixar o estado em alerta. De acordo com a Climatempo Meteorologia, o avanço de nova frente fria volta a provocar aumento nas condições de pancadas fortes de chuva. A possibilidade de aumento do frio pode dificultar os resgates.
O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15 desta segunda-feira (6), o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.
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Menino Deus e Cidade Baixa
Mais cedo, o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), recomendou que moradores dos bairros Cidade Baixa e Menino Deus deixem a região. O aviso foi feito na tarde desta segunda-feira (6), após a água começar a subir no local.
“Eu quero recomendar aos moradores que saiam dessas regiões, se puderem. Não fiquem num lugar térreo”, diz.
Segundo Melo, uma casa de bombeamento de água precisou ter a energia elétrica desligada por questões de segurança. Os bairros citados concentram residências, condomínios, estabelecimentos comerciais e alguns órgãos públicos. A região fica entre o Centro Histórico e a Zona Sul de Porto Alegre.
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Falta de água
Com o abastecimento de água afetado por conta de chuvas, a cidade de Porto Alegre vai usar caminhões-pipa em pontos estratégicos, afirmou Melo, em entrevista ao Estúdio I nesta segunda-feira (6).
“Vou botar o caminhão num campo de futebol de várzea, as pessoas vão lá buscar água e também levar suas bombonas, levar suas garrafas porque eu não tenho condições de passar de casa em casa”, disse.
O prefeito ainda confirmou que apenas duas das seis estações de água continuam operando por conta das enchentes. Serão nessas estações em que os caminhões-pipa coletarão a água para outras regiões desabastecidas.
“Não tem água suficiente estocada. O estoque de água no Rio Grande do Sul diminuiu muito.”
A prioridade máxima no momento, no entanto, é salvar vidas e remover pessoas dos locais de risco. Segundo o prefeito Sebastião Melo, são mais de 60 abrigos na Região Metropolitana de Porto Alegre, onde estão 9 mil pessoas atingidas pela enchente.
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REUTERS/Renan Mattos
Situação do desastre
Temporais causaram prejuízos em 70% do território do Rio Grande do Sul: 345 dos 496 registram algum tipo de estrago. Parte da população está sem luz, água e enfrenta dificuldade de locomoção por conta de alagamentos e bloqueios de ruas, avenidas e estradas.
Conforme o levantamento da Defesa Civil, são 141,3 mil pessoas fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (nas casas de familiares ou amigos). Ao todo, 345 dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850 mil pessoas.
O governo decretou estado de calamidade, situação que foi reconhecida pelo governo federal. Com isso, o estado fica apto a solicitar recursos federais para ações de defesa civil, como assistência humanitária, reconstrução de infraestruturas e restabelecimento de serviços essenciais.
A Defesa Civil colocou a maior parte das bacias hidrográficas do estado com risco de elevação das águas acima da cota de inundação.
A previsão de chuva para a partir da metade desta semana prolonga o estado de alerta. De acordo com a Climatempo Meteorologia, o avanço de nova frente fria volta a provocar aumento nas condições de pancadas fortes de chuva. A possibilidade de aumento do frio pode dificultar os resgates.
Os meteorologistas afirmam que os temporais que ocorrem no Rio Grande do Sul são reflexo de, ao menos, três fenômenos que ocorrem na região, agravados pelas mudanças climáticas.
Os temporais que atingem o Rio Grande do Sul já deixaram 83 mortos, de acordo com o boletim divulgado pela Defesa Civil na manhã desta segunda-feira (6). São investigadas outras 4 mortes. Além disso, há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas (saiba mais no final da reportagem).
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