Bolsonaro definirá candidatos ao Senado em reunião com o presidente do seu partido

As discussões em torno das candidaturas ao Senado pelo PL para as eleições de 2026 devem ter novos desdobramentos a partir da próxima semana. Após a liberação do contato entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto, a agenda para definir as candidaturas foi marcada às 15h.

Um dos nomes cotados para disputar uma vaga no Senado é o da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Ela seria candidata pelo Distrito Federal.

Interlocutores do partido afirmam que todos os nomes passarão pelo aval de Bolsonaro, inclusive o dos suplentes.

O anúncio das candidaturas, porém, ainda deve demorar. “Se começar a anunciar muito cedo, eles começam a levar tiro muito cedo”, explicou Bolsonaro, em entrevista coletiva na manhã dessa quarta-feira (12).

O ex-presidente defende que o partido abocanhe mais cadeiras no Senado. “Precisamos de um Senado mais forte, pelo próprio equilíbrio dos poderes”, disse.

Atualmente, o PL tem a segunda maior bancada do Senado, com 14 parlamentares. A sigla fica atrás apenas do PSD, que lidera com 15 senadores.

Em 2026, a Casa Alta do Congresso renovará dois terços de suas cadeiras. Oito senadores da legenda deixarão seus cargos.

A expectativa da legenda é, também, que mais parlamentares migrem de outras siglas para o PL a tempo das eleições.

Eleições

As eleições para o Senado no Brasil seguem um sistema eleitoral majoritário, com algumas particularidades.

* Número de senadores

O Senado Federal é composto por 81 senadores. Cada estado e o Distrito Federal elegem três senadores, independentemente do tamanho da população. Ou seja, todos os estados, sejam grandes ou pequenos, têm o mesmo número de representantes no Senado.

* Mandato

Os senadores têm um mandato de 8 anos. As eleições para o Senado são realizadas a cada dois anos, mas de forma alternada. Isso significa que, a cada eleição geral, um terço (ou seja, 27) dos senadores são eleitos, enquanto os outros dois terços permanecem em seus cargos até a próxima eleição.

* Sistema eleitoral

O Brasil adota o sistema proporcional para as eleições ao Senado, mas de forma majoritária. Os eleitores votam em candidatos individuais, e o número de votos é crucial para determinar quem será eleito. Os senadores são eleitos com base na quantidade de votos recebidos, e não pela quantidade de cadeiras a serem distribuídas.

* Forma de eleição

Cada estado realiza uma eleição para escolher os três senadores, mas de uma vez só, em cada pleito. Não há eleição separada para os senadores individuais dentro de um estado, ou seja, cada eleitor vota em um candidato de sua escolha, e os três senadores mais votados são eleitos.

* Votação e distribuição de cadeiras

A eleição para o Senado no Brasil é majoritária. Em cada estado, o eleitor escolhe o seu candidato preferido, e os três mais votados se tornam senadores. A votação não é proporcional como nas eleições para a Câmara dos Deputados, onde as cadeiras são distribuídas de forma proporcional à quantidade de votos. No caso do Senado, a votação é direta e majoritária: os candidatos que obtiverem mais votos são eleitos.

* Reeleição

Senadores podem ser reeleitos indefinidamente, ou seja, não há limite para a quantidade de mandatos consecutivos que um senador pode exercer, desde que seja novamente eleito pela população.

* Alternância

Como as eleições para o Senado são feitas de forma alternada a cada dois anos, é importante notar que, em uma eleição, um ou dois senadores são eleitos para um estado. No entanto, o processo é contínuo e se distribui de forma que em cada eleição de dois em dois anos, cada estado tem renovação de um terço da sua bancada no Senado.

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