
O Tribunal de Contas da União decidiu que presidentes da República são donos dos presentes oferecidos por autoridades estrangeiras, já que não existe fundamento legal determinando que esses objetos se tornem bens públicos. A decisão da corte que fiscaliza as contas públicas impossibilita punição ao ex-presidente Jair Bolsonaro, nos casos de relógios e joias sauditas, e também Lula (PT), que levou para casa presentes como joias e relógios e, após o segundo governo, carregou 11 contêineres de mimos.
Tara arquivada
Todas as ações que questionavam o destino das joias presenteadas a Bolsonaro pela Arábia Saudita foram arquivadas no TCU.
Lava Jato revelou
O TCU também arquivou processos sobre o tesouro de Lula, que a Polícia Federal encontrou escondido em um cofre bancário.
TCU não legisla
Relator do processo no TCU, o ministro Antonio Anastasia encaminhou a decisão ao Congresso para que a “lacuna legislativa” seja avaliada.
Congresso manda
Segundo Anastasia, o Senado e a Câmara dos Deputados podem avaliar a “conveniência e oportunidade de iniciar medidas legislativas”.
Lula sofre “altos e baixos” e Janja segura a onda
As suspeitas de que algo estava errado se espalham desde a posse de Lula 3 (PT), confirmadas no círculo mais próximo da presidência da República. E o que se escondia acabou exposto na cerimônia de posse dos novos ministros da Saúde e das Relações Institucionais, segunda-feira (10): apesar da aparência própria para um idoso de 79 anos, Lula não está bem. Foi impedido ou convencido a não discursar porque, como disse um assessor, “ele tem altos e baixos e aquele era um dia de baixa”.
Liga pra Janja
Nos dias de “baixa”, Lula não é visto, não recebe pessoas, nem fala ao telefone. Contatos, mesmo urgentes, só por intermédio de Janja.
Leoa de chácara
Aliados e até ministros do STF acusam Janja de afastar Lula dos amigos. Mas sabem que ela apenas o protege de exposições embaraçosas.
Só amarrado
Foi estranho mesmo. Palanqueiro de mão cheia, Lula jamais deixaria de discursar na posse de dois dos mais leais amigos como ministros.
Simpatia é quase amor
O governador do Paraná, Ratinho Junior, nega conchavo com Lula para ser vice do PT em 2026, mas se derrama em simpatia. Como quando passou pano para a misoginia de Lula, que disse ter nomeado Gleisi Hoffmann por sua aparência: “Talvez tenha sido apenas um elogio”.
Quem avisa?
Após 27 meses chefiando o governo, Lula finalmente encontrou culpado pela alta nos preços dos ovos, e escorregou no sincericídio: “Tem um ladrão que passou a mão no direito de comer ovo do povo brasileiro”.
Tiro no mensageiro
O PT ainda não comentou a fala misógina, mas quer cassar Gustavo Gayer (PL-GO) no Conselho de Ética da Câmara por dizer que Lula “ofereceu Gleisi como um cafetão em negociação entre gangues”.
Aldo mandou bem
O ex-ministro e ex-presidente da Câmara Aldo Rebelo concedeu entrevista animadora ao canal de Youtube “Os Economistas”, do Grupo Primo, sobre o futuro do Brasil, que ele conhece até pelo avesso. Verdadeiro manual de instruções para o País decolar.
Abertura posterior
A Noruega reiterou que sua colônia Groenlândia “não está aberta” à anexação pelos EUA, como defendem Donald Trump e o partido de centro-direita que venceu a eleição na ilha, semana passada.
Produto de afano
Os 180 mil hectares presenteados ao MST pelo ditador Nicolás Maduro representam quase todo o terreno da fazenda La Vergareña, que era a maior e mais produtiva propriedade rural até 2006, quando foi surrupiada pelo ditador da época, o coronel golpista Hugo Chávez.
Trumpês
Segundo o presidente dos EUA, Donald Trump, conversas “muito boas e produtivas” com o russo Vladimir Putin renderam “chances muito boas” para o fim da guerra na Ucrânia, que está em “posição muito vulnerável”.
Ouça os próprios
Só dois ministros do governo Lula (PT) tiveram convites aprovados em duas comissões do Senado, esta semana. Ambos são parlamentares: Renan Filho (Transportes) e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos).
Pensando bem…
…talvez o ‘ladrão de ovos’ seja o mesmo culpado pela inflação.
PODER SEM PUDOR
Encontro marcado
Nos anos 1970, o economista Mangabeira Unger participou de um debate do MDB. Ele é brasileiro, mas após uma temporada nos EUA adquiriu sotaque mais carregado que turista americano. Dias depois, o deputado Marcus Cunha, do MDB, recebeu um telefonema. O sotaque inconfundível de Unger solicitava um encontro, no cafezinho da Câmara. Unger também receberia telefonema de um Marcus Cunha propondo encontro no mesmo lugar. Na hora marcada, cada um quis saber o motivo do convite. “Mas foi você que me convidou”, espantou-se Unger. “Não, foi você que me ligou, insistiu Cunha. Ali perto, saboreando um cafezinho, um deputado do Paraná se divertia com a cena. Era o brincalhão Maurício Fruet, exímio imitador de vozes.
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
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